Em hora mais que oportuna e necessária o ex-governador Reinaldo Azambuja balança a bandeira que mantém agitada desde que assumiu os destinos governamentais de Mato Grosso do Sul e iniciou, sem perda de tempo, a cruzada pela capacitação estrutural do Estado. No caso, ele se manifestava política e institucionalmente como uma espécie de cobrador de providências para a solução dos desafios de transporte e logística, pontos nevrálgicos para a economia.
O olhar do ex-governante passou oito anos apontando para este tipo de reclame. E não somente no campo limitado do território estadual, mas no âmbito mais amplo, o do vasto território nacional e tudo o que o Brasil pode usufruir se tiver competitividade para ingressar com peso diferenciado nos mercados de além oceanos. O olhar se mantém e se renova. Azambuja cobra dos responsáveis a aceleração dos trâmites para a retomada da Malha Oeste.
Reabilitar este tramo ferroviário não é um passo simples. É um andar de passos gigantescos, avançados, capazes de colocar o futuro no plano mais acessível de um Brasil que tem um Estado servido pelos três modais de maior alcance para o escoamento da produção e o intercâmbio: a ferrovia, que está desativada, a hidrovia Paraná-Paraguai e as rodovias.
Todo este aparato de transporte e logística fica disponível para nos corredores de passagem para chegar aos vizinhos sul americanos que estão às portas do acesso ao Oceano Pacífico e, assim, aos mais importantes mercados do planeta. São corredores multimodais que Mato Grosso do Sul possui em suas saídas pelas fronteiras com a Bolívia (ferrovia) e o Paraguai (hidrovia e rodovias).
Por Mato Grosso do Sul, a diversa produção nacional brasileira fica mais perto dos consumidores externos e ainda tem as conexões internas por meio de opções como a Malha Oeste, que faz a ligação Sudeste e Centro-Oeste, alcançando destinos como o Porto de Santos e, por meio de conexões intermodais, chegando em outros estados, como o Paraná e Minas Gerais.
As obras da Rota Bioceânica estão avançando. É o corredor que sai pelo rio e estradas entre Brasil e Paraguai. Falta acoplar um modal decisivo, a ferrovia, que já existe e só precisa de uma cirurgia restaurativa e moderna. É este o olhar de um governante que põe em cena a saudável ambição de um futuro próspero para seu Estado e seu País.