Crianças foram levadas por um ônibus fretado pelo município e situação gerou revolta de pais
Uma partida de futebol entre crianças e adolescentes em Coxim – cidade a 253 quilômetros de Campo Grande – terminou em caso de polícia. A situação inusitada aconteceu nessa segunda-feira (15) depois que o prefeito da cidade, Edilson Magro, viu o grupo entrar em uma arena de esporte, que estava fechada para manutenção, por um buraco na cerca.
“Eu estava andando pelo bairro e viu as crianças e adolescente (com idades de 12 a 15 anos) entrarem na Arena Esportiva –Vila do Pequi por uma abertura na cerca e por cima da grade. Como o local estava fechada para a troca da grama sintética, ele avisou a gerente de esporte da cidade para lidar com a situação.
A gerente, Thaila Cotrim, tentou a resolver a situação, mas não conseguiu e por isso acionou a Polícia Militar e o Conselho Tutelar.
Os pais das crianças foram identificados e todos foram levados para a Delegacia de Polícia Civil; para isso, foi usado até um ônibus do município.
A situação gerou revolta dos pais, pois segundo relatos ouvidos, as crianças foram escoltadas até a delegacia sem o conselho tutelar fazer nenhum contato prévio com os responsáveis. A responsável por um dos meninos envolvidos, disse que “levou um susto” ao ser informada que o filho estava na delegacia.
Na unidade policial, um boletim de ocorrência por dano ao patrimônio público foi registrado e todos ouvidos. A situação causou revolta dos parentes das crianças que acharam a medida desproporcional, já que eles apenas jogavam futebol.
Por telefone, o prefeito Edilson Magro afirmou que a intenção foi proteger o patrimônio público e que a quadra seria reaberta nessa semana, junto com uma reunião com os moradores para incentivar o cuidado com o local, já que a cidade tem sofrido com a depredação dos espaços de lazer nos últimos dias.
“A prefeitura tem o dever de proteger o patrimônio publico”, afirma Edilson Magro
Segundo a Polícia Civil, a princípio as crianças entraram por uma abertura que já existia na grade, mas a perícia foi ao local para confirmar se nenhuma delas foi responsável pelo dabo. Depois que todos foram ouvidos, as crianças e adolescentes foram liberados.