De março a dezembro de 2023, o Ministério do Desenvolvimento bloqueou 60.984 cadastros de famílias beneficiadas com o Bolsa Família em Mato Grosso do Sul. O número de cortes no estado foi um dos menores da região Centro-Oeste.
Os bloqueios foram realizados por inconsistências no cadastro, como renda ou composição familiar, além de beneficiários com informações desatualizadas há muito tempo. O objetivo é reparar distorções no Cadastro Único, que é a porta de entrada para programas sociais do governo federal.
Em novembro de 2023, o Bolsa Família chegou a 215,2 mil famílias em Mato Grosso do Sul, com repasse médio de R$ 691,06. A capital Campo Grande é a cidade com maior número de famílias contempladas, com 60,8 mil.
Em todo o Brasil, 21,18 milhões de famílias recebem o Bolsa Família em novembro, com repasse total de R$ 14,26 bilhões. Em média, cada família conta com R$ 677,88 de benefício.
Análise
O bloqueio de cadastros do Bolsa Família é uma medida polêmica, que pode afetar famílias em situação de vulnerabilidade social. No entanto, o governo federal alega que é necessário para garantir que o programa atinja seu objetivo, que é reduzir a pobreza e a fome.
No caso de Mato Grosso do Sul, o número de cortes foi relativamente baixo, o que pode indicar que o estado tem um Cadastro Único mais bem estruturado do que outros estados. No entanto, é importante que as famílias que tiveram seus cadastros bloqueados sejam informadas sobre os motivos e tenham a oportunidade de regularizar sua situação.
Ainda é cedo para avaliar os impactos do bloqueio de cadastros do Bolsa Família. No entanto, é importante que o governo federal monitore os resultados da medida para garantir que ela não afete negativamente as famílias beneficiárias.