Transferência foi feita de forma sigilosa, para evitar riscos, como por exemplo uma tentativa de resgate de Marcinho VP e Beira-Mar
O sistema de rodízio de chefes do crime pelo sistema penitenciário federal brasileiro promoveu nesta quarta-feira (10 ) uma transferência de unidades prisionais entre dois personagens bastante conhecidos no mundo da ilegalidade. Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar, saiu da penitenciária federal de segurança Máxima de Campo Grande, depois de 4 anos; simultaneamente à chegada no estabelecimento de Márcio dos Santos Nepomuceno, o Marcinho VP.
O procedimento foi feito em completo sigilo, tanto que nem os advogados sabem detalhes nem o destino dos clientes.
Esse tipo de transferência de bandidos considerados de alto perigo para a sociedade sempre ocorre de forma sigilosa, para evitar tentativas de resgate, por exemplo. Que cuida da operação são os policiais penais que atuam no sistema prisional administrado pelo Depen (Departamento Penitenciário Nacional), ligado ao Ministério da Justiça.
Beira-Mar, tido como um dos cabeças de facção criminosa que domina o crime no Rio de Janeiro, passava sua segunda temporada em Campo Grande. Estava na penitenciária federal de segurança Máxima, na saída para Sidrolândia, desde 19 de setembro de 2019.
Durante todo esse período, por diversas vezes fez reclamações sobre as condições impostas para o cumprimento de pena, inclusive se afirmando vítima de tortura do sistema prisional, dado o isolamento determinado nas unidades prisionais federais.
A defesa tentou insistentemente que ele fosse transferido para a cidade de origem, o Rio de Janeiro (RJ), sem êxito.
Campo Grande é um das cinco cidades onde há presídios federais. As outras são Catanduvas (PR), Porto Velho (Rondônia), Mossoró (RN) e Brasília (DF).