Após 11 anos de atraso, mudança de governo garantiu conclusão das obras e impediu prejuízos ao Estado
Com sua primeira ordem de serviço para o início da obra assinada pelo governador André Puccinelli (MDB) no dia 14 de abril de 2011, o Aquário do Pantanal levou 11 anos para ter seu projeto redimensionado e concluído por outro gestor, Reinaldo Azambuja (PSDB), que o entregou em 28 de março de 2022. Era para ser inaugurado em outubro de 2013, no 36º aniversário de criação de Mato Grosso do Sul.
O Aquário – hoje Bioparque Pantanal – teve seguidas interrupções nos serviços, causadas por problemas no projeto e denúncias de mau uso dos recursos. O empreendimento só passou a ser restaurado depois que Azambuja assumiu o governo, em 2015, e lançou o Programa “Obras Inacabadas Zero”, criado para concluir e entregar mais de 200 projetos inconclusos ou apenas limitados aos alicerces e planilhas no papel.
O custo inicial era de R$ 84 milhões. Entretanto, os prejuízos que o Estado amargou em mais de uma década de sucessivas paralisações exigiram a recomposição orçamentária e a reavaliação do projeto para garantir qualidade, segurança e agilidade na recuperação. Agora, com perfil estético e conteúdo redefinidos, o Bioparque Pantanal já é um dos mais importantes e referenciados espaços locais e mundiais do turismo ecoambiental.
ENCANTAMENTO
Alguns dados oficiais ajudam a dimensionar o tamanho da obra que dia a dia vem encantando gente de todos os lugares. Em 2023, o Bioparque – maior aquário de água doce do mundo e o maior aquário público do Brasil – recebeu mais de 375 mil visitantes, oriundos de mais de 120 países. E visitantes de todas as escalas sociais, profissionais e culturais, de anônimos cidadãos e cidadãs a embaixadores, ministros, secretários de Estado, pesquisadores, estudantes e várias celebridades do esporte, da políticas e das artes.
A leva de visitantes veio de aproximadamente 3,8 mil municípios dos 27 estados brasileiros e Distrito Federal., juntamente com pessoas que moram nas 79 cidades de Mato Grosso do Sul. O reconhecimento do Bioparque Pantanal já entre as referências de instituições e publicações, como a selecionada na categoria “World’s Greateast Places”, por uma das revistas mais renomadas mundialmente.
CONSCIENTIZAÇÃO
Além das 380 espécies de água doce, o Bioparque oferece cursos e oficinas, faz campanhas de conscientização ambiental e de prevenção, abriga eventos diversos e promove estudos e pesquisas com as devidas estruturas. A conservação das espécies, sobretudo as ameaçadas de extinção, é o foco central das atividades nele desenvolvidas. A diretora-geral do Bioparque, Maria Fernanda Balestieri, assegura que todas as ações neste ambiente são avaliadas e servem como indutoras para aprimorar seu funcionamento.
Com 21 mil metros quadrados de área construída, mais de cinco milhões de litros de água e 239 tanques, o local é um cenário convidativo para a pesquisa e a abordagem científica, pilares que dão sustentação ao empreendimento. Mais de 40 projetos de pesquisa estão em andamento. Os pesquisadores do Bioparque realizam experiências internacionais e trabalham com especialistas de inúmeras universidades e instituições nacionais e de outros países.
Há projetos e serviços variados, entre eles o Circuito Sustentável de Aquaponia, um espaço para produção de alimentos e reprodução de peixes, e o “Bioparque Vai à Escola”, que dá a estudantes, educadores e gestores nas visitas ao Bioparque Pantanal várias atividades de reforço ao conhecimento e à conscientização ecológica.