Quando o governador Reinaldo Azambuja, ao ser eleito, nomeou para o cargo mais importante de sua equipe um técnico e empreendedor rural, instalou-se uma dúvida na sociedade. Afinal, para a Secretaria de Governo e Gestão Estratégica esperava-se a designação de um político experiente, habituado ao jogo bruto de interesses conflitantes, do jeito que a história vinha demonstrando
O técnico Eduardo Riedel não precisou cumprir os oito anos em que trabalhou na assessoria do governador para provar a que veio. Fez isto já no primeiro ano do primeiro mandato de Azambuja. Mesmo sem ter tal obrigação, ajudou a carregar os pesados pianos das crises, fez serviços de faxina administrativa, mas, acima de tudo, deu à máquina de gestão um pensamento estratégico, uma direção com começo, meio e fim.
A Segov ganhou uma nova dimensão, um novo formato e um novo papel. Em vez de concentrar os conflitos ou dar demonstrações de poder, a Pasta ganhou visibilidade qualificada na elaboração da governança, ou seja, na formulação estratégica de ações imediatas ou de médio e longo prazos.
Ajustou-se aos vários interesses gerenciais e políticos que giram em torno dos governantes, sem ceder nos princípios inegociáveis, porém calibrando as trocas e até os humores no arco das relações, institucionais ou não. Com as encomendas conceituais e administrativas que recebeu do governador, Riedel pensou o Estado.
E deu no que foi testemunhado por todo o País: um Mato Grosso do Sul renovado e inovador, exercendo nos investidores poderosa atração e suscitando na sociedade a segurança e o reforço na autoestima. E não seria diferente para quem mora onde há geração de empregos, romaria de investidores, contas publicas e salários em dia, capacidade de superação de crises, enfim, respostas para as demandas.
Eleito para governar um Estado que ele mesmo pensou, Riedel alinha sua gestão no ciclo da eficácia estratégica de um ontem que hoje se mantém e avança, sem solução de continuidade. É um governo com a sua marca, sem tirar dele os carimbos vitoriosos que o antecederam. Por estas e outras, não há como negar: Riedel fecha 2023, seu primeiro ano de governador, como a principal revelação política de Mato Grosso do Sul.