Desempenho surpreendente no trimestre confirma estratégia de gestão do presidente Jean Paul Prates
No dia 3 de outubro passado, quando a Petrobras completou o 70º aniversário, Jean Paul Prates, seu presidente, renovou compromissos que havia assumido oito meses antes, quando iniciou o mandato. E foi incisivo: “Para sermos uma empresa diversificada e integrada de energia, precisamos liderar uma nova jornada, a de uma transição energética justa. Este investimento no hoje é que possibilita pensar no amanhã, garantindo a energia que o Brasil precisa”.
Agora, faltando pouco mais de um mês para encerrar o exercício, a gestão de Prates já emplacou avanços que nem mesmo os mais confiantes acreditavam ser possíveis em tão pouco tempo. A guinada gerencial põe no gráfico de afirmação da empresa dados categóricos, como demonstra o balancete do terceiro trimestre do ano. De julho a setembro, a Petrobras teve um lucro líquido de R$ 26,6 bilhões.
Os números indicam que foram mantidos os bons desempenhos, com resultados expressivos como os R$ 66,2 bilhões registrados para o Ebitda [lucro operacional excluindo-se os juros, impostos, depreciação e amortização]. Este foi um crescimento da ordem de 17% no período, em comparação com o segundo trimestre de 2023, alcançando a sexta melhor marca trimestral da história da Petrobras.
Conforme a estatal, os resultados de Ebitda foram impulsionados pela valorização de 11% do preço do petróleo no mercado internacional, o crescimento de exportações e o aumento das vendas de derivados no mercado interno, além de uma redução nas importações de Gás Natural Liquefeito (GNL). A divulgação dos resultados financeiros do terceiro trimestre foi acompanhada do anúncio de uma distribuição de R$ 17,5 bilhões aos acionistas.
DÍVIDA BRUTA
O relatório também aponta que a dívida bruta da Petrobras é de US$ 61 bilhões. Trata-se de um montante 5% superior ao registrado no trimestre anterior. De acordo com a Petrobras, a variação se deve à entrada em operação da plataforma Anita Garibaldi na Bacia de Campos, o que provoca elevação simultânea dos ativos e das dívidas.
O aumento do endividamento não está associado a captações de dívida financeira da companhia, que continua a financiar suas obrigações por meio do fluxo de caixa operacional, alinhado ao Plano Estratégico. O balanço informa que foram pagos no terceiro trimestre R$ 56,5 bilhões em tributos para a União e entes estaduais e municipais. Também houve repasses que somam R$ 9 bilhões para a União, referentes a dividendos aprovados anteriormente.