Bruna Moraes Aquino foi morta com dois tiros no pescoço, em setembro de 2021, no Jardim Itamaracá
Ewerton Fernandes da Silva, 35 anos, suspeito de matar a tiros a namorada Bruna Moraes Aquino, 22, foi preso dois anos após o crime. A jovem foi assassinada no dia 1º de setembro de 2021, dentro do carro do companheiro, no Jardim Itamaracá, em Campo Grande.
De acordo com o delegado da 4ª DP (Delegacia de Polícia) responsável pela investigação, Christian Mollinedo, contra Ewerton havia um mandado de prisão preventiva em aberto, pelo crime de feminicídio.
O inquérito policial foi relatado e, agora, está na fase de manifestação do MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) para denunciar ou não o indiciado. A prisão ocorreu no dia 30 de outubro pela Guarda Civil Metropolitana, mas o fato só foi relatado hoje pela polícia, sem detalhar onde ele foi encontrado.
De acordo com o delegado da 4ª DP, após a prisão ele preferiu ficar em silêncio e não revelou o motivo do crime. Ewerton tem diversas passagens pela polícia por violência doméstica, roubo, furto, dano e já foi preso tráfico de drogas.
Na época do crime Ewerton Fernandes contou aos policiais que três dias antes, ambos havia sido perseguidos por dois homens em uma moto, após uma confusão em uma casa noturna na Avenida Ernesto Geisel com a Avenida Salgado Filho. No dia 30 de agosto, um homem identificado como Wellington, deu em cima de Bruna, momento em que Ewerton disse que o homem estava sendo inconveniente e foram embora do local. Nesse momento começou uma perseguição que terminou com tiros, que atingiram de raspão a nuca de Bruna, que preferiu não registrar boletim de ocorrência.
Segundo relato, Ewerton contou que ele e Bruna estavam mexendo no celular em um Volkswagen Gol prata, quando a vítima recebeu uma mensagem de um homem identificado como Kaique e logo em seguida, um homem usando roupas escuras e capacete, se aproximou do veículo a pé, parou do lado da porta do passageiro e disparou contra o casal.
O namorado de Bruna contou à polícia que percebeu que havia sido atingido de raspão no braço e, logo em seguida, viu a jovem inconsciente, sangrando muito, por isso, acelerou o carro e foi para a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Universitário. Segundo o depoimento de Ewerton, foram três ou quatro disparos. Bruna chegou sem vida na unidade de saúde e a polícia foi chamada pelos funcionários da UPA.
Policiais realizaram buscas na região onde o crime aconteceu, porém não encontraram nenhuma testemunha ou suspeito do crime. A rua é uma estrada vicinal, sem moradias, tendo apenas empresas.