A ação faz parte da operação “Pavo Real” (pavão em espanhol), que em julho deste ano levou para prisão mais de 20 comparsas do criminoso
Ação conjunta desencadeada na manhã desta terça-feira (7/11) em território paraguaio mira organização criminosa comandada pelo narcotraficante Jarvis Gimenez Pavão.
A Senad (Secretaria Nacional Antidrogas), o Ministério Público e Senabico (Secretaria Nacional de Bens Apreendidos e Confiscados) realizaram intervenções em vários estabelecimentos comerciais de Pedro Juan Caballero, na fronteira com o Brasil através de Ponta Porã.
Os imóveis estão localizados no cruzamento das ruas Naciones Unidas com a Avenida. Tte. Herrero.
Em torno de 20 imóveis são alvos da operação. São residências, estabelecimentos comerciais e até terrenos baldios que são propriedades vinculadas à organização de Jarvis.
O narcotraficante cumpre pena no presídio de Brasília atualmente.
Pavão é um dos grandes nomes do tráfico na fronteira do país com o Brasil e mantém relação estreita com a facção PCC, com forte influência em Mato Grosso do Sul.
Em julho deste ano, 50 pessoas envolvidas no esquema de tráfico de Pavão foram identificadas e 23 presas durante a primeira fase da operação.
Dessa vez, a Senad (Secretaria Nacional Antidrogas do Paraguai) mira os imóveis adquiridos por Pavão graças ao tráfico. A intenção é tomar a posse de maneira definitiva de casas, estabelecimentos comerciais, terrenos e propriedades rurais, bens que se somados, ultrapassam o valor de 150 milhões de dólares.
Tudo isso, agora, será o Estado Paraguaio.
As ações aconteceram em cinco departamentos do país: Central, Amambay, Concepción, San Pedro e Alto Paraná.
Pavo Real
As investigações que resultaram na operação revelaram um grupo de pessoas que lavava dinheiro para quadrilhas responsáveis pelo tráfico de drogas na fronteira. De acordo com a polícia paraguaia, Jarvis Chimenes Pavão continuava comandando o tráfico de cocaína entre os dois países, mesmo estando preso há 2 anos em um Presídio Federal no Brasil.
Jarvis foi condenado há 16 anos e cinco meses de prisão pelos crimes de tráfico internacional e associação internacional para o tráfico de drogas.
As ações da Pavo Real fazem parte de um acordo estabelecido no âmbito do Mercosul contra o poder do “Barão das Drogas”, como Pavão é conhecido. Toda a investigações da polícia miram imóveis e empresas geridas por testas de ferro, advogados e até funcionários de cartórios.