Em 2022 o PSDB elegeu três governadores, igual número que havia feito em 2018. Por estados, não diminuiu, mas também não cresceu. E ao longo dos últimos seis anos o partido vem encolhendo significativamente nos municípios. Mato Grosso do Sul, porém, é uma exceção. Tanto por Estado como por Município os tucanos sulmatogrossenses, proporcionalmente, são os de maior representação no País.
A explicação para a vitalidade da social-democracia em Mato Grosso do Sul pode ser dada a partir de dois fatos determinantes: a vitória eleitoral de Reinaldo Azambuja na sucessão estadual de 2014 e os seus oito anos de governo, de 2015 a 2022. Mais interessante e sintomático é que nem partido ou governo precisaram comprar apoios e filiados.
O êxito da gestão tucana em anos absolutamente difíceis consagraram o gestor Azambuja, pelo enfrentamento vitorioso da crise econômica e dos impactos da pandemia do coronavírus. Ele não só enfrentou, como também utilizou os remédios estratégicos de governança para investir na retomada do desenvolvimento. Abriu novas oportunidades de trabalho e fez do Estado um dos mais atrativos para os investidores internos e externos.
Esse desempenho obviamente suscitou o crescimento partidário. Além dos resultados maiúsculos das urnas, o partido vem conquistando adesões de diferentes segmentos e correntes ideológicas. De 34 prefeitos eleitos em 2020, hoje são 50. A galeria de vereadores não para de crescer.
O PSDB-MS, pelo “fator Azambuja”, tornou-se espelho para a social-democracia brasileira. Não por acaso o ex-governador é visto como o mais indicado para assumir a presidência do diretório nacional. É um nome que não conhece objeções. E os tucanos brasileiros sabem ser preciso recompor a bela história do partido e resgatá-lo em todos os estados.