Nesta terça-feira as equipes cumprem 33 mandados de prisão preventiva e 30 de busca e apreensão; em Ponta Porã, dois alvos foram detidos pelo Batalhão de Choque
O esquema de tráfico de drogas investigado pela Operação Entreposto contava com donos de transportadoras para esconder as cargas de entorpecente em meio a mercadorias lícitas. Foram 18 meses de investigação e 17 toneladas de maconha apreendidas até que a ação dessa terça-feira (31) fosse deflagrada.
Hoje e outros cinco estados.
Em nota, o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) revelou que o grupo criminoso contava com uma “sofisticada rede de colaboradores”.
“Em sua logística, o grupo criminoso contava com integrantes que exerciam funções diversas, tais como as de gerenciar e coordenar a atividade desde a aquisição das cargas de drogas nas cidades sul-mato-grossenses situadas na fronteira com o país produtor da droga, até o transporte ao destino final e também aqueles que serviam como motoristas das cargas, batedores e auxiliares de carga/descarga dos caminhões”.
Além das funções “comuns” ao tráfico, o grupo ainda contava com proprietários de transportadoras de cargas. Eram eles que viabilizavam que os criminosos contratassem fretes de cargas lícitas, principalmente de grãos e madeiras, para ocultar os tabletes de maconha e assim dificultar o trabalho de fiscalização da polícia nas estradas.
Segundo as investigações, os criminosos alugavam galpões ou barracões em Campo Grande para guardar grandes quantidades de droga vinda do Paraguai e nesses locais faziam a mistura da carga ilícita com as lícitas. Só então a “mercadoria” era levada para traficantes de outros estados, como São Paulo e Minas Gerais.
Aqui em Mato Grosso do Sul os suspeitos se concentrava em Ponta Porã e Campo Grande, cidades em que parte dos mandados foram cumpridos nesta terça-feira. Conforme apurado pela reportagem, na cidade fronteiriça o Batalhão de Choque da Polícia Militar prendeu dois integrantes da organização criminosa.
O número de mandados em Campo Grande não foi revelado. Além de Mato Grosso do Sul, foram realizadas prisões e busca e apreensão em Mato Grosso, Paraná, São Paulo, Minas Gerais e Goiás.
Ao longo de 18 meses de investigação – que foi feita em conjunto entre Mato Grosso do Sul e Minas Gerais – as equipes apreenderam 17 toneladas de maconha e prenderam 15 integrantes do grupo.