Ex-governador e ex-assessor são réus em denúncia de corrupção submetida à Justiça Federal
O ex-governador André Puccinelli (MDB) não desiste da tentativa de escapar das garras da Justiça. Pelo menos é o que vem demonstrando nos recursos com os quais quer transferir de jurisdição processual o julgamento da denúncia que o envolve, com outras 10 pessoas, em desvio de recursos públicos, tendo como pivô a manipulação de R$ 7 milhões 591 mil locados para as obras de pavimentação da MS-430.
Um dos acusados é Edson Giroto, ex-deputado federal, ex-secretário de Obras e “ex-lugar-tenente” de Puccinelli. Em 2008, o ex-governador quis emplacar Giroto na disputa sucessória e fazê-lo prefeito de Campo Grande, mas os eleitores, por meio das urnas, não permitiram. Depois disso, com a eclosão dos escândalos que geraram várias operações policiais, entre elas a Lama Asfáltica, a relação entre os dois amigos e cúmplices parece ter esfriado.
A denúncia contra Puccinelli e seu grupo neste caso foi aceita pela juíza Júlia Barbosa, da 3ª Vara Federal. A ação foi desmembrada de um bloco de cinco demandas contra o emedebista. Uma perícia da Polícia Federal e da CGU (Controladoria-Geral da União) concluiu que o grupo superfaturou em R$ 680,3 mil e pagou R$ 1,7 milhão em serviços não executados pela obra da MS-430, entre São Gabriel do Oeste e Rio Negro.
São réus neste processo, além de Puccinelli e Giroto, Maria Wilma Casanova, Hélio Yude Komiyama, Fausto Carneiro da Costa Filho, Wilson Roberto Mariano, Marcos Tadeu Enciso Puga, João Amorim, Elza Cristina Araújo dos Santos, Rômulo Tadeu Menossi e Luiz Cândido Escobar.