O Movimento Democrático Brasileiro já foi maiúsculo. Chegou a ser considerado o maior partido político da América Latina, embora sua formação original não tenha sido a de um bloco monolítico. Era uma frente das mais variadas forças que só tinham em comum a resistência pacífica à ditadura militar, essencialmente no campo da política.
Com esta vocação, e guiada por nomes de elevada estatura moral e republicana, o MDB se agigantou política e eleitoralmente, sendo a peça decisiva na campanha e na derrubada do obscurantismo. Venceu várias eleições e manteve por muito tempo a hegemonia do poder nas diversas instâncias.
Esses dias, porém, acabaram. A glória ficou no passado. O MDB hoje é minúsculo e esvazia-se a cada pleito, vítima de maus emedebistas que utilizaram a legenda e sua história apenas em proveito próprio. Eis aí o caso de Mato Grosso do Sul, que um dia teve o comando acreditado e vitorioso de um Wilson Martins, e hoje agoniza, debilitado, sobretudo por obra, graça e incompetência de seus condutores.
Depois de saborear o poder em gestões nas prefeituras, no governo estadual e em cargos federais, o MDB estadual transformou-se em mera mercadoria eleitoral. E sem o antigo valor, que fazia a diferença na balança da política.
O partido que era das massas agora é quase um escombro. Não tem um comando democrático, nem um comandante que gerencie, que compartilhe, que faça as lições de casa – enfim, um partido que apesar dos acúmulos históricos e das vitórias parece que desaprende tudo o que a democracia e o povo lhe ensinaram.
O ocaso emedebista está visível no País. Seus responsáveis devem prestar contas à história e às populações que neles confiaram. É bastante provável que, sem o atributo da humildade, seus líderes se escondam destas responsabilidades e continuam se recolhendo no discurso do coronelismo retrógrado que foi pego de calças curtas.
Que pena!