Executado a tiros ao lado do filho, Aparecido Donizete Martins, de 63 anos, passou anos preso por ter mandado matar um homem em 2013. “Branco”, como era conhecido, saiu da cadeia em 2021 e depois disso, ainda foi flagrado com uma arma de fogo e com máquinas de jogos de azar em sua conveniência.
O crime aconteceu em 26 de dezembro de 2013, em um bar da rua Pontalina, também Santo Eugênio. Segundo a denúncia do Ministério Público de Mato Grosso do Sul, Aparecido encomendou a morte de Marcelo de Souza Silva, mas no dia, o alvo sobreviveu ao atentado e o amigo dele, Daniel de Andrade morreu com um tiro no peito.
No relato da execução de dez anos atrás, a cena parece repetir o crime desta quarta-feira (25): Marcelo e Daniel estavam sentado na mesa do bar, quando o pistoleiro, José dos Santos, chegou e atirou nos dois, sem qualquer possibilidade de defesa.
Naquela época, Aparecido ajudou o assassino a fugir. Em 2014 foi condenado pelo homicídio de Daniel, uma pena de 14 anos de prisão. Dentro do presídio, trabalhou e estudou e em 2018 foi para o regime semiaberto. Em setembro de 2021 ganhou o direito ao livramento condicional.
Depois disso, no entanto, voltou a ser preso.
Em agosto de 2022, Aparecido foi flagrado com um revólver calibre 38 na mesma conveniência em que foi morto; na Rua Paraisópolis, no Santo Eugênio. No mesmo dia, os policiais encontraram duas máquinas de jogos de azar no local, no fundo do estabelecimento, perto dos banheiros.
A conveniência, segundo a denúncia do Ministério Público, era de Aparecido e do filho, Naique Sotareli Martins – executado ao lado do pai nesta quarta-feira (25).
No dia do flagrante, Naique revelou aos policiais que as máquinas foram deixadas para teste e sequer chegaram a ser usadas pelos clientes. Sem provas suficientes da exploração de jogo de azar, o caso foi arquivado.
Já pelo crime de porte de arma, Aparecido ele foi condenado à pena de 1 ano e 2 meses de detenção mesmo, mas a sentença ainda está em fase de recurso.
Morte de pai e filho
Pai e filho foram mortos em conveniência da rua Paraisópolis, bairro Santo Eugênio. Ambos os suspeitos usavam capacete, jaqueta preta e calça jeans.
De acordo com moradores os suspeitos chegaram à vizinhança em uma motocicleta. Eles pararam a moto na esquina da rua e foram a pé até o estabelecimento onde as vítimas estavam sentadas. Pelas imagens, é possível notar que pai e filho foram alvos de pelo menos 8 tiros.
Na fuga do crime, a dupla de assassinos colidiram a moto na lateral de um veículo que manobrava para entrar em uma casa. Tudo foi filmado e o caso é investigado pela Polícia Civil.