Juíza não acolhe recurso de empresário e diretor de um dos melhores hospitais da Capital
A defesa do empresário Mafuci Kadri não teve sucesso no recurso judicial para livrá-lo de ser julgado por sonegação de impostos federais. A juíza Julia Cavalcante Silva Barbosa, da 3ª Vara Federal de Campo Grande, não acolheu a ação de embargo e manteve o julgamento contra o médico, fundador e diretor-presidente do Hospital El Kadri, acusado de não ter feito o pagamento de impostos, cuja soma original passava dos R$ 2,5 milhões e com a atualização feita em 2021 chegou a R$ 5,6 milhões.
Apesar da derrota nesta etapa de apelações, Kadri ainda tem uma leve, mas consistente, esperança de amenizar o tamanho da pena, que, na ponta da caneta, seria liquidar o débito pelo valor original atualizado de acordo com as regras de cálculo vigentes. Existe a possibilidade de fazer um acordo. Para isto, é necessário que o Ministério Publico, instado pela juíza, concorde em interromper o andamento da ação penal.
Os próximos passos serão dados no próximo dia 31, data marcada para a audiência de instrução e julgamento. Kadri levará consigo uma outra esperança, que reside no pedido de seus advogados para que se analise a possibilidade de suspensão punitiva. O pedido tem como lastro o fato de Mafuci Kadri ter feito o protocolo de transação individual junto à Fazenda Nacional.
Foi o juiz Bruno Cezar da Cunha Teixeira, da 3ª Vara Federal de Campo Grande, que há mais de cinco anos acolheu uma denúncia feita pelo Ministério Publico. O MP se baseou numa investigação da Receita Federal, segundo a qual Kadri, como diretor-presidente do Hospital Geral El Kadri, teria cometido em 2016 várias infrações tributárias, o que foi verificado no balancete do estabelecimento.