A linha de investigação é a de que o bancário fazia parte do plano de furtar valores da agência em que trabalhava
Durante coletiva de imprensa na tarde desta segunda-feira (16), o delegados Pedro Henrique Pillar Cunha e Fábio Peró, explicaram que três celulares dos envolvidos no sequestro de um gerente de banco e sua namorada passarão por perícia. Só então a participação do próprio bancário será confirmada ou descartada.
“Em um primeiro momento ele era tratado como vítima. Somente com análise de dados é que vamos poder realmente apurar se há envolvimento ou se ele não passou de uma vítima”.
A desconfiança de que o gerente não seria mera vítima surgiu após um dos sequestradores o acusar de fazer parte do esquema durante audiência de custódia. A linha de investigação é a de que o bancário fazia parte do plano de furtar valores da agência em que trabalhava.
No entanto, ao ter o cartão de acesso ao sistema de transações solicitado pelos outros homens, negou e disse que não faria mais parte dos planos de subtrair valores do banco. Fato que provocou a decisão do restante do grupo em sequestrá-lo para obter a força o tal cartão.
“Há indícios de uma possível participação do gerente, no sentido de que, antes da extorsão por meio de sequestro, poderia estar havendo um conluio entre os sequestradores, entre os indivíduos e o gerente, numa prática de um outro delito, para que eles, juntos, pudessem subtrair valores da Caixa Econômica”.
Todavia, esta primeira investigação será tão somente sobre o sequestro. “Investigação posterior vai apurar se este outro crime seria o furto”. As vítimas foram sequestradas e encontradas no último dia 9.
Moisés ficou na residência com as vítimas, enquanto Caio deixou o local com outro suspeito. Quando a polícia chegou, o suspeito tentou fugir, mas foi preso em flagrante pela equipe do Garras. Com ele foi encontrado um simulacro de arma.
Em seguida, a equipe fez novas buscas até encontrar Caio, conhecido como “El Tanque”, em uma casa no Bairro Santa Mônica. Ele contou que teria que levar o cartão funcional do gerente até a Paraíba e que foi ameaçado para cometer o crime.
Já Jhonatan, o “JS PCC”, foi preso na tarde do dia 11 de outubro, na Rua Zulmira Borba, no Bairro Nova Lima, em Campo Grande. Ele quem acusou o bancário de participação no esquema, mas deu declarações contraditórias durante o depoimento. O suspeito também seria o responsável por intermediar o esquema com integrantes de São Paulo.
Os três homens passaram por audiência de custódia e tiveram a prisão preventiva decretada pela Justiça. O caso continua sendo investigado. Caio já tem diversas passagens pela polícia.
As prisões ocorreram pelo Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubos a Bancos, Assaltos e Sequestros).