PSDB, PP e PT aguardam definições do MDB, União Brasil e das forças fiéis ao bolsonarismo
A um ano das eleições municipais e mesmo sem decisão homologada por convenções, Campo Grande já tem três partidos com pré-candidaturas definidas. O PSDB vai para a disputa com o deputado federal Beto Pereira; o PP põe em cena a prefeita Adriane Lopes, em busca da reeleição; e o PT fechou questão pelo nome da deputada federal Camila Jara.
O tabuleiro, entretanto, ainda não está fechado, o que só deve ocorrer em 2024. O MDB conta com a habilitação do direito político do ex-prefeito e ex-governador André Puccinelli e o União Brasil vai aguardar o resultado dos entendimentos entre a ex-deputada federal e superintendente da Sudeco, Rose Modesto, e os partidos da base do presidente Lula, sobretudo o PT.
SEMELHANÇAS E DIFERENÇAS
Em princípio, o quadro do momento apresenta nomes em situações de igualdade no aspecto da habilitação política e partidária. Afinal, o trio Beto, Adriane e Camila não sofre qualquer restrição em seus partidos e tem total liberdade para trabalhar suas pré-candidaturas, com apoio compacto dos dirigentes e da militância.
A diferença por enquanto está no plano da competitividade eleitoral. Antes de um tira-teima de pesquisas quantitativas para aferir o alcance de cada pré-candidatura junto à opinião pública, a lógica indica que no ponto de partida Beto e Adriane sairiam na frente.
Ex-prefeito de Terenos em dois mandatos, Beto foi eleito e reeleito para a Câmara dos Deputados fazendo um trabalho de fôlego dentro de Campo Grande, notadamente como captador de verbas federais para obras na cidade. Além disso, tem forte alicerce partidário e eleitoral, com o PSDB unido e seu nome impulsionado pelas duas maiores lideranças do ninho, o ex-governador Reinaldo Azambuja e o governador Eduardo Riedel. Até os dirigentes nacionais do PSDB e de partidos aliados estão comprometidos com o apoio presencial à sua candidatura.
Adriane é estreante como Camila – ambas têm apenas dois mandatos. A prefeita, contudo, dirige o maior colégio eleitoral do Estado e só com esta condição ganha um plano privilegiado de visibilidade. A par deste item, ela tem na vanguarda de campanha a senadora Tereza Cristina, presidenciável do PP, e o deputado Gerson Claro, presidente da Assembleia Legislativa. Na gestão é para ser considerado seu notável esforço para tirar a prefeitura do atoleiro em que foi lançado pela gestão do prefeito Marquinhos Trad. As pesquisas já deram conta das altas taxas de aprovação de governo e do avanço de sua popularidade.
Camila chega na disputa com um peso considerável, alimentado por duas candidaturas vitoriosas em sua estreia na política, uma para vereadora e outra para deputada federal. Outros itens preciosos que a projetam são o apoio maciço dos militantes e de líderes como o ex-governador Zeca do PT e o deputado federal Vander Loubet, além do fato de pertencer ao partido do presidente Lula, de quem já teve a promessa de subir em seu palanque.