Legislativo Municipal é o 12º maior gastador entre 100 cidades com mais de 80 mil habitantes
Ao engolir R$ 89,081 milhões do orçamento municipal em 2021 para sua manutenção, a Câmara de Vereadores de Campo Grande ficou no 12º lugar entre os 100 maiores gastadores nas cidades com mais de 80 mil habitantes. Os números foram divulgados pela Frente Nacional de Prefeitos (FNP), e constam do anuário MultiCidades – Finanças dos Municípios do Brasil.
Esta informação é de estarrecer os diversos setores da sociedade que estão atentos ao desempenho político, administrativo e ético das instituições públicas. As organizações públicas e civis que atuam nos segmentos de primeira necessidade, como as redes de saúde, de educação, transporte e lazer, sentem-se fora das prioridades. A falta de recursos suficientes para melhorar os serviços de saúde, por exemplo, é um triste contraste com a fartura de recursos disponíveis para os vereadores campo-grandenses.
E um fator diferenciado vem inflar ainda mais a revolta: a gastança do Poder Legislativo foi contemplada com um reajuste orçamentário em pleno período de pandemia da Covid-19. Na contramão da crise que obrigou as prefeituras e as câmaras a reduzirem o custeio em 5,6%, na média, a Câmara Municipal de Campo Grande teve seu quinhão aumentado na planilha do orçamento.
DESEMBOLSOS
Com este salto na sua folha, a Casa de Leis campo-grandense passou por cidades bem maiores e melhor posicionadas na arrecadação. É o caso de Campinas, que com 1,080 milhão de habitantes gastou R$ 87,7 milhões com os vereadores. Campo Grande, com menos de 900 mil habitantes, sacou de seus cofres públicos quase R$ 2 milhões a mais, só perdendo para o Rio de Janeiro (RJ), São Paulo (SP), Belo Horizonte (MG), Salvador (BA), Manaus (AM), Fortaleza (CE), Recife (PE), Porto Alegre (RS), Goiânia (GO), Curitiba (PR) e Guarulhos (SP).
“Em nível nacional, as despesas municipais com o Poder Legislativo encolheram 5,6% em 2021 na comparação com 2020, totalizando R$ 18,34 bilhões, em valores corrigidos pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA)”, diz o jornal.