Crime bárbaro na região de fronteira teria sido motivado por briga familiar. As informações foram divulgadas nesta terça-feira (19) pela polícia civil e apontam que o autor de 26 anos, que carbonizou o casal, idosa de 92 anos e homem, 55 anos de idade, também seria envolvido em tráfico de drogas.
Os assassinatos ocorreram na madrugada de ontem (18), na reserva indígena Guassuty, em Aral Moreira. Os corpos das vítimas foram encontrados no interior da casa do casal. O local foi incendiado e os corpos carbonizados.
A liderança da aldeia informou sobre um suspeito, um indígena de 26 anos, que já vinha ameaçando as vítimas devido a uma briga familiar. As buscas pelo suspeito foram iniciadas pela polícia civil e durante as investigações iniciais foram encontradas marcas de sapato no local do incêndio, que seriam compatíveis com os do autor. Após a captura do suspeito, a polícia confirmou que as pegadas coincidiam com os sapatos de sua propriedade, corroborando a presença dele no local do crime.
Outras testemunhas e parentes também confirmaram que o autor vinha ameaçando as vítimas há muito tempo, devido a desavenças familiares. Além disso, a liderança da Guassuty informou que o autor também estava envolvido com tráfico de drogas, não apenas na reserva onde residia, mas também em reservas vizinhas, como a Aldeia Limão Verde e a Aldeia Jaguari, ambas em Amambai.
Na residência do autor, a polícia encontrou grande porção de maconha e uma balança que indicavam a comercialização do entorpecente.
Depois de um dia de intensas buscas, o autor foi localizado em uma motocicleta e capturado próximo à Vila Marques por uma operação conjunta da Polícia Civil e Polícia Militar, após informações repassadas também pelas lideranças indígenas, em apoio.
O autor foi encaminhado à 1ª Delegacia de Polícia de Ponta Porã, onde permanecerá à disposição da justiça para as devidas providências.