O Ministério Público do Estado de Mato Grosso do Sul, por meio do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (GAECO), deflagrou, nesta segunda-feira (21/8), a segunda fase da Operação “Traquetos”, que tem como objetivo o cumprimento de sete mandados de prisão preventiva e dois mandados de busca e apreensão, nos municípios de Campo Grande, Corumbá e Santana de Parnaíba/SP.
O desdobramento das investigações ocorre após a fase inicial, em 8 de março de 2023, a partir da análise do material apreendido, dentre outras diversas diligências, revelou que ao menos outras sete pessoas integravam a organização criminosa, alvo dos trabalhos.
Segundo levantamentos realizados, foi possível identificar um dos financiadores do tráfico de drogas que, se valendo de seu expressivo patrimônio, decidiu investir mais de R$ 1 milhão na atividade que lhe remunerava com muito mais rentabilidade do que as aplicações financeiras de mercado.
O investidor proveu o capital necessário para que a organização conseguisse adquirir cargas de drogas na fronteira do Brasil com o Paraguai, por meio de um traficante, com condenação anterior na região de Jardim, que sabia como operar no esquema.
Em suma, ao final da investigação, o Gaeco concluiu que 25 pessoas, já denunciadas, cada qual a sua maneira, integravam organização criminosa voltada ao tráfico de drogas, estruturalmente ordenada e com divisão de tarefas, contando com uma grande rede de batedores e pontos de apoio nas cidades de Anastácio, Aquidauana e Campo Grande, com intuito de escoar a droga, que era adquirida nas cidades de Bela Vista e Ponta Porã, para outros Estados da Federação (Bahia, Goiás e São Paulo).
Rememorando, o nome da Operação faz alusão à “cultura traqueta”, que é composta por hábitos, termos e símbolos que foram criados nos primeiros anos dos cartéis de drogas de Medellín e Cali. Destaque-se que, na Colômbia, os narcotraficantes à moda antiga são conhecidos como “traquetos”.