Tereza Cristina: “Somos contra o desmatamento ilegal, mas não é atropelando a lei que se resolve”
A pendenga sobre o desmatamento de propriedades no Pantanal de Mato Grosso do Sul criou um ambiente de ácidas polêmicas e fez com que várias vozes, ligadas às questões ambientais e aos processos produtivos, se levantassem. Uma dessas vozes, a da senadora Tereza Cristina (PP-MS), foi incisiva ao discordar de procedimentos do Ministério do Meio Ambiente, que fez uma intervenção na autonomia federativa, ao propor a suspensão das leis ambientais do Estado.
Tereza Cristina foi à tribuna do Senado Federal na quarta-feira, 09, e repudiou a nota técnica 1520/2023, do Ministério do Meio Ambiente, a ser referendada pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), com a proposta de suspender leis estaduais antigas que regem o controle ambiental do Pantanal. O objetivo do MMA é estabelecer critérios regulatórios que extrapolam a legislação vigente do Código Florestal.
A senadora alertou que a ameaça está começando pelos estados de Mato Grosso do Sul e Mato Grosso, mas pretende se estender pelo bioma do Cerrado. “Somos contra o desmatamento ilegal e demais crimes ambientais. Mas não é desta forma, desrespeitando a harmonia entre os Poderes, que resolveremos os problemas”, disse. Ela garantiu ainda que as bancadas de MS e MT não permitirão esse desrespeito.
Vários colegas de Tereza endossaram a sua manifestação, entre os quais os senadores Mauro Carvalho (União-MT), Jayme Campos (União-MT) e Margareth Buzetti (PSD-MT). Esta, inclusive, denunciou o que classifica como “usurpação do poder legislativo por influência de ONG’s”.