Nichos do mercado turístico está em expansão no Brasil devido, principalmente, a abundância de água doce do país
A pesca esportiva tornou-se um dos principais nichos do mercado turístico e está em expansão no Brasil, devido principalmente a abundância de água doce do país, que correspondem a 12% das reservas do mundo. Mato Grosso do Sul é privilegiado pela extensa bacia do Rio Paraguai, com uma área de aproximadamente 361.350 quilômetros quadrados, cujo sistema hidrológico sustenta o Pantanal e propicia uma pesca diferenciada ao unir emoção e natureza.
A disponibilidade do pescado, de fevereiro a início de novembro, torna Corumbá o principal destino de pesca na região pantaneira, que se torna um paraíso pela enorme diversidade de rios que formam a bacia, atraindo milhares de pescadores esportivos todos os anos. Outros fatores que contribuem para o avanço da atividade no município, cada vez mais profissional, são a estrutura fluvial (maior número de barcos-hotéis), os bons hotéis e a qualidade dos serviços.
O sucesso do destino como polo consolidado da pesca esportiva de Mato Grosso do Sul, gerando o interesse de pescadores esportivos de todos os quadrantes e com forte peso na economia local, reflete o crescimento da atividade no país nos últimos anos movimentando em média R$ 1 bilhão ao ano, segundo dados do Sebrae. Números que vão além do ato de pescar, aquecendo os mercados de materiais utilizados, insumos e na compra de barcos e motores.
Pesca e natureza
“Em Corumbá a pesca esportiva é responsável por mais de mil empregos diretos anualmente, representando os colaboradores que integram as tripulações dos nossos barcos-hotéis e hotéis associados, além dos guias de pesca, pessoal da cozinha e serviços gerais”, informa Luiz Martins, presidente da ACERT (Associação Corumbaense das Empresas Regionais de Turismo). “Considerando toda a cadeia do turismo favorecida pela pesca, esse número dobra.”
Em algumas regiões como Corumbá, o turismo está diretamente ligado com a pesca esportiva, sendo a principal motivação para uma viagem de turismo ou lazer para sentir o prazo de fisgar um dourado, banhar-se nas águas cristalinas das baías que se formam nos roteiros ao longo do Rio Paraguai e, claro, praticar novas experiências no coração do Pantanal sul-mato-grossense. As belezas arquitetônicas e a cultura da cidade de 245 anos também motivam os visitantes.
Segundo analistas desse vasto mercado, a pescaria não é mais aquela atividade tradicional de barranco, de canoinha, hoje tem uma estrutura sofisticada com lanchas, pousadas e o barco-hotel, item número um na preferência dos pescadores que vem a Corumbá acompanhados da família ou dos amigos. Os operadores associados da ACERT oferecem conforto ao voltar da pesca no rio, com bons aposentos, piscinas, comida típica e excelência no atendimento.
Serviços
A pesca esportiva em Mato Grosso do Sul é praticada de 01 de fevereiro a 5 de novembro, quando começa o período de defeso (piracema), estendendo-se por tres meses. No Pantanal de Corumbá, por iniciativa das empresas que fazem parte da ACERT, prevalece a modalidade pesque e solte por adesão da maioria dos pescadores que compram seus pacotes de até cinco dias. Por lei, a captura, transporte e comercialização do dourado está proibida.