Senador reafirma aposta no municipalismo e cita sequência entre Azambuja e Riedel
O senador Nelsinho Trad (PSD/MS), que pode estar trocando sua filiação partidária, analisa com atenção o cenário político e ideológico, faz a comparação entre governos e pontua o que considera ideal para a sociedade. Em entrevista ao Canal JD1, ele criticou a lentidão neste início do governo Lula, lembrando que com Bolsonaro as decisões eram mais ágeis, como na liberação de recursos federais para os municípios.
“Hoje, com Lula, mesmo no início, está um pouco mais devagar do que deveria. Falo com tranquilidade, não faço críticas sem fundamento. Na gestão Bolsonaro, a liberação de recursos tinha maior velocidade. O prefeito e o vereador que me assistem sabem disso”, afirmou. Nelsinho disse ainda que as coisas caminham melhor quando há planejamento para dar agilidade. Lembra que foi assim quando sucedeu André Puccinelli na prefeitura e a administração teve uma sequência positiva para a cidade.
O senador exemplifica com as boas soluções dos governos de Reinaldo Azambuja e Eduardo Riedel. “Houve uma sequência de gestão, Mato Grosso do Sul seguiu andando”, comentou. Antes, havia lamentado a perda de tempo de Lula tentando desmontar as marcas de Bolsonaro por causa das diferenças ideológicas. No entanto, garantiu que em qualquer conjuntura seu mandato estará sempre a serviço do municipalismo. “É fundamental fortalecer prefeitos, vereadores, as cidades”, reiterou. “Por isso faço esse questionamento sobre lentidão para liberação de recursos aos municípios”, completou.
URNAS
Quanto às próximas eleições e sua participação, Nelsinho compara os processos de escolha. “Teremos primeiro 2024. Para escolher prefeito e vereador, o filtro dos eleitores é muito apurado. A questão ideológica terá nuances, mas de influência menor. O cidadão olha mais quem pode cuidar bem de sua cidade e dos seus contextos pessoais. O debate de ideias e propostas será mais importante”, raciocina.
Para 2026, quando deverá decidir se tentará a reeleição, ele realça outro significado. “São eleições gerais. É também um processo de debate e de escolha, mas diferente, porque o voto é federalizado, nacionalizado. É forte a influência de quem está na chapa de cima [presidencial], como foi em 2022, quando houve exagerada polarização entre o centro conservador e a esquerda”.