Se os levantamentos oficiais estiverem certos, é pouca a margem de erro para um diagnóstico positivo da economia brasileira. O primeiro semestre governamental caminhou sob grande expectativa da sociedade e acentuado ceticismo remanescente da polarização ideológica e eleitoral.
Evidentemente que não há como afirmar que tudo correu bem e que já se está no mundo das “mil maravilhas”. Entretanto, também não há como negar que o País apresenta uma cara renovada, menos tensa, mais confiante e aliviada, como se tivesse saído de um terrível pesadelo.
Para fazer tal constatação e comparar a diferença entre as políticas econômicas de um governo e outro, há os indicadores oficiais, de fontes neutras, sem bandeira partidária ou ideológica. Por exemplo: a queda do dólar e a desaceleração da inflação, apuradas por fontes como o IBGE e a Fundação Getúlio Vargas.
E mais: os preços dos combustíveis, principalmente a gasolina, já entraram num fluxo de redução. A confiança dos consumidores atingiu o maior nível desde outubro de 2022, içada pela esperança das famílias de baixa renda. E a taxa de desemprego caiu para 8,3% de abril a maio, com recuo de 0,3% em relação ao trimestre fechado em fevereiro e 1,5% ante o mesmo período do ano anterior.
É muito cedo para conclusões definitivas. Muita água vai correr sob a ponte. Mas esta análise, focada tão-somente no desempenho do primeiro semestre deste governo, já oferece visibilidade suficiente para todo mundo reconhecer que há mudança.
Tomara que seja duradouro este cenário de evolução econômica, que implica evolução social e, quem sabe, moral e cultural, para que as diferenças sejam também assentadas na planície onde os livros, a Ciência e a sensatez sejam mais importantes que armar o povo e montar um estado policialesco.