Mato Grosso do Sul começa o segundo semestre de 2023 com um punhado de notícias alvissareiras. Além da manutenção do equilíbrio nas contas, das medidas governamentais para melhorar a prestação de serviços e das decisões parlamentares que, entre outras coisas, resultaram na aprovação da reforma tributária, os números atualizados da economia brindam todas as melhores expectativas.
A Carta de Conjuntura do Setor Externo, publicada pela Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação, fornece ao Estado a seguinte informação: o saldo da balança comercial guaicuru no primeiro semestre chegou a US$ 3,759 bilhões, um valor 51,62% superior ao verificado no mesmo período de 2022. E mais: de janeiro a junho deste ano as exportações cresceram 28,52%, saindo de US$ 4,149 bilhões para US$ 5,333 bilhões. E ainda: as importações recuaram de U$ 1,670 bilhão para US$ 1,573 bilhão, queda de 5,79% no período.
Para avançar e chegar a este cenário, não houve milagre, nem acasos. Há méritos da governança local e de componentes nacionais que precisam ser destacados. Em resumo, sem aprofundar nas estatísticas, quatro fatores são a sustentação principal desses resultados:
a) política externa brasileira revigorada, inclusive nas relações com o maior parceiro comercial do País, a China; b) pujança do agronegócio brasileiro, com destaque para as suas maiores commodities, a carne bovina e a soja; c) competitividade nacional, especialmente com a desoneração dos exportadores e a abertura da Rota Bioceânica, que vai baratear os custos de escoamento e garantir um preço atrativo aos mercados consumidores; e d) as políticas públicas do governo estadual, com incentivos e atração de investimentos, além da vocação e do potencial da agricultura e da pecuária.
A mudança de viés nas políticas públicas do governo federal e as boas soluções para a economia ministradas pelo governo estadual deram as receitas para este avanço. É interessante notar, por exemplo, o quanto está evoluindo a perspectiva de desenvolvimento no recorte da política externa. A China, que continua sendo a principal parceira nas vendas externas de Mato Grosso do Sul, concentrando 42,63% do valor total das exportações no primeiro semestre, já não tem motivos para mau-humor ou constrangimento nas relações bilaterais, como acontecia nos quatro anos anteriores.
Que as coisas continuem nesse compasso, de olhar para a frente e de confiança na capacidade de trabalho dos governos e da sociedade.