Avião decolou em Umuarama, no noroeste do Paraná, e tinha como destino Paranaguá, no litoral. Passageiros eram servidores do governo do estado do Paraná
Piloto do avião biomotor que desapareceu no Paraná, na segunda-feira (3), é natural do município de Sete Quedas (MS). Jonas Borges Julião, de 37 anos, é de Mato Grosso do Sul, mas se mudou para o Paraná, onde ainda mora com a família.
Ele partiu de Umuarama, no noroeste do estado, com destino a Paranaguá, no litoral, mas a aeronave desapareceu e ainda não há informações de queda.
O que se sabe sobre o avião que desapareceu com servidores do Governo do Paraná na Mata Atlântica?
Os passageiros são servidores do governo do Paraná, Felipe Furquim, 35 anos, e Heitor Guilherme Genowei Junior, 42 anos, ambos da Casa Civil.
Ao g1, o pai do piloto, Cicero Julião, relatou a angústia da família sobre o caso.
“A gente não sabe de nada oficial por enquanto. Estamos sem condições de falar”, disse emocionado.
A esposa, Maria Alice de Oliveira Julião, pediu oração em suas redes sociais e diz ter esperança em encontrar o marido com vida.
“Oremos. E Chega de ficarem com mensagens falsas em grupos. Isso não tem graça. Mas meu Deus é maior, e meu piloto vai estar bem”, publicou.
Fora da rota
A aeronave decolou às 7h50, no horário de Brasília. De acordo com informações iniciais, ela desapareceu do radar às 10h14min, próximo a Serra da Prata, em Guaratuba, no litoral do Paraná. A previsão de chegada do bimotor era 10h24.
O Corpo de Bombeiros disse ter recebido solicitação, por volta das 14h, sobre o desaparecimento da aeronave.
Segundo o Batalhão de Operações Aéreas da Polícia Militar no Paraná (BPMOA), o piloto não acionou o ELT, sigla em inglês para Transmissor de Localizador de Emergência.
De acordo com a Consulta ao Registro Aeronáutico Brasileiro (RAB) pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), a aeronave Piper Arrow, modelo PA-28R-200 tinha permissão para voar, mas não havia permissão para operar como táxi aéreo.
Isso significa que não havia permissão para transportar passageiros.
Buscas
Uma equipe do Esquadrão Pelicano, da Força Aérea Brasileira (FAB) de Campo Grande, foi chamada para ajudar nas buscas na região conhecida como São Leopoldo, entre os municípios de Guaratuba e Morretes, área de Mata Atlântica.
Treinado para cumprir missões, o Esquadrão Pelicano é apto para atender a qualquer situação de emergência, seja na terra ou no mar. Seguindo as normas internacionais de busca e salvamento, a aeronave SC-105 Amazonas é utilizada para cumprir missão com capacidade de fazer busca visual e noturna.