Desgastes arrastam o senador para um território desfavorável à sua reeleição
As eleições gerais no Brasil só acontecerão em outubro de 2026. No entanto, estes dois anos e meio de espera nada têm de pacíficos. Os ventos sopram contra quem quer ficar forte e competitivo para ganhar ou repetir o mandato. É o caso do senador Nelsinho Trad (PSD), que há um bom tempo vem amargando o incômodo dos fracassos nas urnas e os desgastes pelos escândalos com o carimbo de pessedistas em Mato Grosso do Sul.
O acachapante revés nas urnas em 2022 e o temporal avassalador de denúncias de cunhos moral, político, administrativo e criminal envolvendo o ex-prefeito Marquinhos Trad, seu irmão, estão fazendo do senador um refém das circunstâncias, cada vez mais desfavoráveis. Se a reeleição for mesmo seu desejo, permanecer no PSD é risco anunciado, porque juntará aos seus os graves tropeços do irmão.
Aos poucos, a imagem do PSD diante dos sul-mato-grossenses é a de um partido cabisbaixo, apequenando-se dia a dia e assistindo ao inexorável esvaziamento, com várias de suas lideranças buscando outros abrigos. Se o senador continuar onde está, e em omisso silêncio diante dos execráveis atos de Marquinhos, fatalmente pode perder o resto de credibilidade que ainda possui.