O índice ficou em 97,5 pontos, com crescimento concentrado especialmente entre as famílias que têm menor renda
Ainda na chamada zona negativa, abaixo de 100 pontos, a intenção de consumo das famílias campo-grandenses cresceu 2% neste mês de junho comparada a maio, conforme pesquisa da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
O índice ficou em 97,5 pontos, com crescimento concentrado especialmente entre as famílias que têm menor renda – até 10 salários mínimos.
“A queda da inflação repercute no poder de compra das famílias, porém, os juros altos e crédito caro comprometem a dinâmica”, avaliou a economista do Instituto de Pesquisa da Fecomércio MS, Regiane Dedé de Oliveira. “De acordo com a CNC, embora mais otimistas, o endividamento em nível elevado e os juros altos limitam a capacidade de consumo e os efeitos benéficos da maior renda disponível. Com isso, as vendas do varejo e dos serviços têm desacelerado”.
Dos indicativos que compõem o ICF, o único que apresentou queda neste mês de junho foi justamente o de compras a prazo, recuo de 1,1%. Apesar disso, o consumidor acha que é um bom momento para a compra de duráveis e avalia com mais otimismo o emprego atual.
“Uma conjuntura que mostra o consumidor mais disposto a comprar e a necessidade de redução no custo do crédito”, finalizou Regiane.