Não é tão massificada ou assimilada pela maioria da população, a que é composta pelas classes de baixa renda, a relação direta e essencial entre a tecnologia digital e seus próprios direitos.
Em princípio, sobressai a ideia, consolidada, que acessar a Internet serve para muitas coisas – e é verdade -, contudo não se dimensiona este acesso como um recurso de inclusão humana, econômica e social, que se reporta a direitos situados além da diversão, da tarefa escolar, da interatividade afetiva e de outras necessidades.
Comer, beber, vestir, trabalhar, divertir-se, estudar, plantar, abrir um comércio, enfim, toda e qualquer atividade inerente às expectativas e carências humanas tem atualmente nas ferramentas eletrônicas um aliado poderoso. Os acessos que a Internet oferece ao conhecimento também são meios de busca e de conquista da cidadania.
Para isto, é fundamental que se ofereça tal garantia às camadas da sociedade que não tiveram ainda a disponibilidade total do benefício, ou seja, a facilidade de contar com este serviço sem ônus, sem embaraços burocráticos. Assim, cabe ao poder publico a responsabilidade de intervir e suprir o vazio aberto por diferenças socioeconômicas entre quem pode e quem não pode.
Em boa hora Mato Grosso do Sul despertou para o desafio. Se já havia um corredor futurista aberto pela gestão de Reinaldo Azambuja, o horizonte agora se escancara com a determinação do governador Eduardo Riedel de implementar na estrutura de gerência estratégica o denominado Estado Digital.
Ao disponibilizar à população um sistema com todos os serviços digitalizados, o Estado Digital não só vai aprimorar e agilizar serviços. Vai, sobretudo, assegurar aos sul-mato-grossenses que atualizem suas informações e seus compromissos, economizando tempo e dinheiro, livrando-se de aborrecimentos, otimizando os horários de trabalho, descanso, lazer e deslocamentos.
Este conjunto de ganhos individuais e coletivos significa melhoria efetiva da qualidade de vida. Melhoram não só as condições das pessoas para viver e responder aos seus desafios, assim como melhora também a relação entre o Estado e a sociedade civil. Um Estado Digital e inclusivo, de oportunidades e de afirmação da cidadania.