Desastre eleitoral provocado por Marquinhos Trad causa a debandada e compromete projetos no Estado
O expressivo avanço do PSD nas eleições nacionais de 2022, quando ficou entre os cinco maiores partidos na Câmara (42 deputados) e o segundo no Senado (16), começa a apresentar visíveis sinais de retrocesso por causa de gestões equivocadas e do fraco desempenho político eleitoral em alguns estados. Um deles é Mato Grosso do Sul, onde o partido foi vitimado pela desastrosa candidatura do ex-prefeito Marquinhos Trad ao Governo.
Não foi uma simples derrota. Foi um massacre. Marquinhos, que saiu da prefeitura para disputar o governo cantando a vitória, não foi além de um medíocre sexto lugar. O tombo não foi solitário. Caíram com ele dezenas de militantes e candidatos feridos por seu desgaste na campanha. Até o senador Nelsinho Trad, seu irmão, pagou um alto preço como presidente da legenda praticamente amaldiçoada pelos eleitores sul-mato-grossenses.
Os desdobramentos têm sido corrosivos e o PSD já está em processo de esvaziamento. Na Câmara Municipal de Campo Grande, logo deixará de ser a maior bancada, na iminência de desfiliação de vários vereadores, entre eles Silvio Pitu e Junior Coringa. A aventura eleitoral de Marquinhos agora cobra seu preço e dá à direção nacional do partido um presente pior do que os gregos levaram a Tróia.