Ministra Simone Tebet faz o papel de “madrinha” para união política e eleitoral dos partidos
Um dos fatores diferenciados que vão pesar nas eleições municipais de 2024 está praticamente consolidado. Os dirigentes e líderes do PSDB e MDB arrumam suas casas para celebrar a união entre os dois partidos, que saíram de antigos e conflituosos namoros e se dispõem agora a contraírem núpcias político-eleitorais. Tucanos e emedebistas começaram efetivamente a ajustar os passos para caminharem juntos na sucessão em Campo Grande, cidade que é ponto de influência política sobre os demais municípios.
Na segunda-feira (15), tucanos e emedebistas uniram suas vozes numa linguagem de acordo conduzida pelos ex-governadores Reinaldo Azambuja (PSDB) e André Puccinelli (MDB), ex-senador Waldemir Moka, secretário de governo Eduardo Rocha e deputados estaduais Junior Mochi, Renato Câmara e Marcio Fernandes. A conversa, na casa de Rocha, tem a ministra e ex-senadora Simone Tebet como “madrinha”.
UNIÃO AVALIZADA
De acordo com Simone, a aliança já tem o aval da direção nacional do MDB. “Vou ser a madrinha dessa união. Vim aqui em nome do MDB Nacional só para selar o acordo, feito em âmbito regional”, enfatizou ela, depois de sair de uma audiência com o governador Eduardo Riedel. Para Azambuja, o desenho está feito. “Estamos conversando com André, o Moka, os três deputados do MDB e as lideranças, inclusive a Simone. Eu vejo que as coisas estão amadurecendo”.
Com esta solução, em tese PSDB e MDB teriam na disputa das 79 prefeituras a maioria do eleitorado em 80% dos municípios. E se a lógica matemática do favoritismo eleitoral prevalecer, as duas legendas ganhariam terreno para alcançar seus grandes objetivos: os tucanos, um fortalecimento quase hegemônico; e os emedebistas, gás em abundância para respirar um renovado e revitalizador ar de sobrevivência política.