Formado em arquitetura, Hélio Peluffo foi vereador e esteve à frente de diferentes secretarias na prefeitura de Ponta Porã antes de assumir o comando do município, em 2017. Foi considerado um dos melhores gestores municipais do Estado e acredita que essa experiência será importante para o sucesso de sua missão na Secretaria Estadual de Infraestrutura e Logística (Seilog).
Peluffo também destacou a importância de estabelecer parcerias com os municípios, independentemente da cor partidária, para realizar obras de infraestrutura urbana. Ele afirmou que o governador Eduardo Riedel tem como compromisso levar pavimentação para todos os municípios do estado e planejar as obras de forma eficiente, para que elas possam ser executadas de forma correta.
Além disso, o secretário enfatizou que a pavimentação é fundamental para melhorar a qualidade de vida das pessoas e gerar novos empregos e oportunidades. Está comprometido em trabalhar em conjunto com os prefeitos, vereadores e classes produtivas para que o estado se desenvolva de maneira uniforme.
HÉLIO PELUFFO – Tinha cerca de 90% de aprovação popular em Ponta Porã, mas desde que entrei na vida pública comecei a vislumbrar e se tornou um sonho ajudar todo o Mato Grosso do Sul, servir e retribuir. Me acho preparado, trabalho duro, mas já avisei ao PSDB que não sou candidato a nada, que não aceitaria me candidatar.
FCG – Como enxerga o conceito de gestão municipalista?
HP – A vida inteira briguei por isso, desde que fui vereador, secretário do prefeito Flávio Kayatt, eu era o cara que vinha no Estado. Já fiquei muito tempo nesses bancos do Parque dos Poderes e às vezes vinha com o pires na mão e voltava para casa até sem o pires. As pessoas vivem na cidade. Como você arrecada R$ 100 e entre R$ 15 e 18 ficam na cidade, R$ 20 no Estado e o restante, a maioria, vai para a União? Você trabalha para seu dinheiro ir pro Estado e para União e esses recursos demoram para voltar e ser investidos.
FCG – Desde Reinaldo Azambuja e agora, com Eduardo Riedel, são muitas obras pelo Estado. Qual o senhor destaca?
HP – O Governo pensado pelo Riedel e executado pelo Reinaldo fez a maior obra de todos os tempos, que ninguém enfrentou ou resolveu: a construção de hospitais. Não se construía hospital em MS há 40 anos. Foi feito hospital em Três Lagoas, em Dourados… Riedel pensou e idealizou colocar OSs em Ponta Porã, e lá se transformou em um case de sucesso. Hoje, a maioria das pessoas consegue atendimento sem precisar vir a Campo Grande. Com as nossas escolas, com o ensino integral, estamos fazendo a nossa parte e falando para os pais: “vai trabalhar que eu vou formar seu filho”.
FCG – Quais os principais desafios para a pasta nos próximos anos?
HP – Primeiro desafio que nós temos é fortalecer dentro da Seilog a parceria com os municípios. Este case de sucesso dentro do Governo do Estado em que se tem obras nos 79 municípios, independentemente da cor partidária, é fundamental. Esta é uma posição firme do nosso governador. Este é o compromisso que a Seilog tem de realizar dentro das cidades, com mais agilidade e rapidez, ouvindo os prefeitos, vereadores e todas as classes produtivas.
FCG – Quantas obras o Estado está tocando e quanto será investido?
HP – Pouco mais de 450 contratos, R$ 4,6 bilhões, com recursos garantidos. Vamos investir R$ 250 milhões para desenvolver a estrutura aeroviária. Hoje, nove aeroportos do estado passam por obras: Bonito, Camapuã, Cassilândia, Dourados, Jardim, Naviraí, Paranaíba, Nova Andradina e Porto Murtinho. Não muito longe de hoje, creio que o Aeroporto Santa Maria, em Campo Grande, terá voos diretos para Corumbá, Três Lagoas e outras localidades. Por conta da terceirização do Aeroporto Internacional de Campo Grande. Com este aceno, estamos avisando aos empresários que podem vir ao MS, que estaremos preparados.
FCG – A Rota Bioceânica é um projeto ambicioso…
HP – Não tenho dúvidas que é um dos maiores projetos que Mato Grosso do Sul vai fazer parte. Temos lá em Porto Murtinho a ponte ligando a Carmelo Peralta, que já está em andamento. Vamos conseguir atrair novas empresas para investir no Estado, em função dos benefícios que vão vir com a Rota Bioceânica. Vamos fazer a nossa parte, com a infraestrutura chegando nestes municípios que fazem parte do projeto, que vai interligar o Estado com os países sul-americanos, encurtando o caminho para o Oceano Pacífico.
FCG – O senhor já tem um panorama de Campo Grande?
HP – Como sou fronteiriço, tenho a mesma opinião do nosso governador. Campo Grande é a nossa bela capital. Vamos investir aqui da mesma forma que fazemos nos outros 78 municípios. Riedel me deu a incumbência de conversar com a prefeita Adriane Lopes e estamos agindo em parceria. Vamos tocar as obras em conjunto. Na Cafezais quase R$ 12 milhões, mais R$ 41 milhões nas Moreninhas, acesso do Alto da Serra na saída da Gury Marques… Com isso vamos desafogar o trânsito na rotatória da Coca-Cola. Tem investimento do Estado na Feira Central, no Ceasa.