O juiz Roberto Ferreira Filho, da 1ª Vara Criminal de Campo Grande, autorizou a retirada da tornozeleira eletrônica de Fahd Jamil, conhecido como ‘Rei da Fronteira’, alvo da Operação Ormetà.
Em agosto do ano passado ele teve revogada a prisão preventiva e se encontra atualmente cumprino pena domiciliar.
Mesmo sem o monitoramento, Fahd precisará cumprir outras medidas cautelares, segundo a decisão datada de 5 de abril.
De acordo com o magistrado, para usufruir do benefício ele não poderá se mudar sem comunicação à Justiça, se ausentar da comarca de Campo Grande por mais de oito dias sem autorização, precisará se fazer presente nas audiências, cumprir recolhimento domiciliar entre 20h e 6h de segunda a sexta e durante todo o dia aos sábados, domingos e feriados, além do comparecimento mensal ao Fórum.
Para autorizar a retirada da tornozeleira, o juiz citou a recente absolvição em 1ª instancia do ‘Rei da Fronteira’ em algumas acusações que pairavam sobre ele, como os crimes de corrupção ativa e passiva, obstrução à Justiça e lavagem de capitais.
Ele também cita a manutenção das outras cautelares para conceder o benefício.
“Desta forma, entendo que a ordem pública pode ser assegurada pelas outras medidas cautelares previstas no artigo 319 do CPP, sem prejuízo de restabelecimento das medidas ou até mesmo de decretação da prisão preventiva, caso este Juízo constate a insuficiência das medidas”, diz trecho da decisão.
De acordo com o advogado de defesa André Borges, Fahd Jamil continuará atendendo as determinações judiciais durante o processo.
“Fahd Jamil tem cumprido todas as determinações da justiça; assim continuará atuando”, afirmou.
ARMAGEDOM
Fahd foi alvo da terceira fase da Operação Ormetà, desencadeada em dezembro de 2020 e denominada Armagedom. Ele se entregou à polícia apenas em abril do ano seguinte.
A ação visava desarticular organização criminosa atuando em Mato Grosso do Sul, mais precisamente na região de fronteira com o Paraguai.
Conforme as investigações na época, os envolvidos eram investigados por diversas ações, entre elas tráfico de armas, homicídios, corrupção e lavagem de dinheiro.