Após as suspeitas, o MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) abriu procedimento preparatório para averiguar possíveis irregularidades no programa
“É o maior esquema de cabos eleitorais que Campo Grande já teve, de 2017 para cá, na gestão do Marquinhos”, afirmou na quarta-feira (29) o vereador Marcos Tabosa (PDT), que analisa a lista do Proinc (Programa de Inclusão Profissional), suspeita de integrar a ‘folha secreta’, enviada à Justiça pela Funsat (Fundação Social do Trabalho) junto com o vereador André Luis (Rede).
Com a lista completa desde 31 de janeiro, os vereadores analisaram e informaram que existem ao menos 36 beneficiários no programa desde 2012. “Foi um programa criado para dar assistência de, no máximo, dois anos. Essas pessoas estão há uma década na lista”, afirmou André Luís.
Os vereadores querem contratar uma auditoria do próprio bolso para formalizar uma denúncia ao MPMS (Ministério Público do Estado de Mato Grosso do Sul), à polícia e ao TCE-MS (Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso do Sul).
Além dessas pessoas, outras 17 recebem pelo programa. Todas teriam, segundo André Luís, ’empresas de capital social elevado em seus nomes ou perfis em redes sociais com diversas viagens, padrão de vida incompatível com pessoas mais humildes, que deveriam fazer jus ao programa’.
A suspeita levantada pelos vereadores corresponde a práticas de crime eleitoral, que podem ter sido cometidas pelo então prefeito de Campo Grande.
Após as suspeitas, o MPMS abriu procedimento preparatório para averiguar possíveis irregularidades no programa. A Polícia Civil investigou o programa por suspeita de cabide de emprego.
Uma das suspeitas, inclusive, é de que os contratados do Proinc tenham a ver com a campanha do PSD nas últimas eleições de 2022 em Mato Grosso do Sul.
Trad renunciou ao cargo para concorrer ao Governo do Estado, mas acabou em sexto lugar após ser implicado em escândalo de assédio sexual. Ele virou réu por assédio sexual contra 7 mulheres e o caso continua na Justiça.