O Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado (Gaeco) prendeu na manhã desta terça-feira (14), em Campo Grande, o defensor público de Mato Grosso do Sul Helkis Clark Ghizzi por suspeita de envolvimento com a facção criminosa PCC que age dentro e fora dos presídios.
O defensor foi alvo da segunda fase da Operação “Courrier” e no dia 1º de março havia sido afastado do cargo. Ghizzi ainda é pai de Bruno Ghizzi, preso desde o ano passado por integrar o mesmo grupo criminoso.
No dia 1º de março, agentes do Gaeco já haviam cumprido mandados na casa do defensor durante a operação “Maître” (Mestre).
O objetivo era reunir provas do envolvimento dele e outros dois advogados com a facção paulista. Desde a primeira fase, ocorrida em março do ano passado, profissionais do direito são investigados por fazerem parte do núcleo conhecido como “Sintonia dos Gravatas”.
Segundo o Gaeco, o defensor é suspeito de ter utilizado senhas sigilosas para fazer pesquisas em nome de possíveis vítimas de atentado nos sistemas ligados a segurança pública e ao judiciário, um deles um delegado da Polícia Civil.
Além de Helkis Clark, o filho Bruno e Jesuel Marques Ramires, ex-assessor da Defensoria Pública, que foi exonerado da função, também foram alvos da operação “Maître” no começo do mês.