Sem reajuste nos salários, greve dos motoristas de ônibus está confirmada para esta quarta-feira
O STTCU-CG (Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Coletivo Urbano de Campo Grande) decidiu paralisar o serviço de transporte coletivo nesta quarta-feira (18). Segundo Demétrio Freitas, presidente do STTCU-CG, o Consórcio Guaicurus não aceitou discutir reajuste salarial para a categoria.
“Tivemos uma reunião agora cedo onde o Consórcio informou que não tem como voltar a discutir a questão do reajuste salarial, mas a reunião foi registrada em ata, e nela dizíamos que se não houvesse acordo, a greve estava garantida. Está documentado, já que não tem a possibilidade de conversar, amanhã a gente vai parar”, afirmou Demétrio.
“Só vamos voltar quando a empresa resolver sentar e definir de uma vez o reajuste. As negociações não avançaram e a empresa não quer mais sentar para negociar. Conforme dito, vamos cruzar os braços e parar o serviço. É é a única forma de negociar com nós”, reafirmou.
A categoria afirma que trabalha para o Consórcio Guaicurus e não para a Prefeitura. “Eles falam que dependem da Prefeitura, mas nós não trabalhamos para o município. Trabalhamos para o Consórcio. À tarde eu volto a confirmar, para vocês nem saírem de casa. Podem ficar em casa dormindo”, acrescentou
A greve estava prevista para acontecer em dezembro, mas o Consórcio Guaicurus se reuniu com vereadores e Ministério Público e pediu alguns dias para retornar a discussão de reajuste. Como não foi estipulada uma data, o STTCU-CG encaminhou na semana passada um ofício informando que se não houvesse diálogo de negociação a greve seria feita sem mais adiamentos.
“Por conta desse pedido, cancelamos a nossa greve, mas ninguém nos deu um prazo de quando seria realizada a nova reunião. Nos pediram até dia 17, mas hoje em reunião não houve acordo. Sem choro, a categoria agora começa a grave”, disse.
O presidente do sindicato afirma que a categoria está lutando para conseguir reajuste salarial. O pedido do sindicato é 16%, mas o Consórcio oferece o INPC (Índice de preços no consumidor) com reajuste de 6,5%.
A greve começa às 4h50, início da primeira volta das linhas consideradas de bairros e pode ter prosseguimento pelo dia. Com a paralisação, cerca de 1.500 funcionários devem cruzar os braços até uma nova decisão.