O empresário Adoilto Fernandes Coronel, de Maracaju (MS), e a professora aposentada Solange Zanini, de Três Lagoas (MS), estão entres os financiadores dos atos terroristas em Brasília, no domingo (8), segundo lista divulgada pela Advocacia-Geral da União nesta quinta-feira (12).
Além de estarem na lista, os moradores de Mato Grosso do Sul tiveram bens bloqueados. A AGU pediu que a Justiça Federal do Distrito Federal bloqueie R$ 6,5 milhões em bens de 52 pessoas e sete empresas que financiaram o transporte dos envolvidos nos atos de terrorismo na Esplanada dos Ministérios.
Solange Zanini
Nas redes sociais, fotos de Solange apontam que ela esteve no Distrito Federal no dia dos ataques terroristas. Solange disse que é professora aposentada e negou ter financiado a ida de outras pessoas a Brasília. “Eu nego qualquer tipo de informação sobre financiamento. Fomos em um ônibus fretado, todos dividiram o valor”, comentou a bolsonarista.
“Estão falando que eu tô presa, não tem nada disso. Hoje é dia 12 de janeiro, estou aqui em casa tocando meu piano. Ninguém ficou preso”, comenta Solange.
Solange é empresária em Três Lagoas e, pelas redes sociais, é possível ver a participação dela em vários atos golpistas na cidade ao leste do estado. Fontes ouvidas apontaram que Solange foi responsável por financiar idas de moradores de Três Lagoas a Brasília em 2022.
Já em casa, Solange detalha em vídeo que apenas o celular foi apreendido pela Polícia Federal. “Prenderam nossos celulares e não consegui falar com familiares. Viram que não tinha nada com a gente e foram embora. Todos estão bem, não aconteceu nada com a agente de Três Lagoas. Fomos passear, conhecemos Brasília e tudo muito ótimo. Fomos fazer um tour passear”. detalha.
Adoilto Fernandes Coronel
Adoilton Fernandes Coronel é dono de uma loja de materiais de construção em Maracuju. Além de atuar como empresário, o financiador dos atos golpistas é 2º secretário da Associação Empresarial da cidade.
A reportagem entrou em contato com a empresa de Adailton. Por telefone, uma atendente disse que o empresário e nem a empresa irão se pronunciar neste momento.
Entre os bens que podem ser bloqueados estão imóveis, veículos e quantias em contas correntes. A ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) auxiliou a União a elaborar a lista de nomes, incluindo apenas aqueles que contrataram os ônibus que acabaram apreendidos por transportar pessoas que participaram dos atos.