A ordem para acabar com os acampamentos partiu do ministro Alexandre de Moraes, do STF. A decisão foi tomada após os ataques a prédios dos três poderes, em Brasília (DF), na tarde de domingo (8).
Após 71 dias, o canteiro onde estava montado o acampamento de bolsonaristas na avenida Duque de Caxias, em frente ao Comando Militar do Oeste (CMO), em Campo Grande, está totalmente desocupado e limpo. Imagens feitas no começo da tarde desta terça-feira (10) mostram o local completamente vazio. O gramado onde o acampamento estava ficou danificado.
O local amanheceu nesta terça-feira (10) com tendas desmontadas, repleto de lixo e entulho. Termina hoje o prazo de 24 horas, estabelecido pelo Supremo Tribunal Federal (STF), para que acampamentos nas proximidades de quartéis em todo o Brasil sejam desmontados.
Relembre
A concentração em Campo Grande começou no dia 30 de outubro, logo após a divulgação do resultado da eleição que deu vitória ao candidato Lula (PT). Nas primeiras semanas, todo o trecho da avenida foi ocupado pelos golpistas que pediam intervenção do exército contra a posse do então candidato eleito.
Ao longo dos 71 dias de acampamento, as reclamações de barulho foram feitas frequentemente. Além do tumulto causado no trânsito, devido a quantidade de veículos estacionados em local proibido.
Após a diplomação do presidente eleito, em 1° de janeiro de 2023, o lugar começou a esvaziar, permanecendo apenas com alguns bolsonaristas.
Decisão
A ordem para acabar com os acampamentos partiu do ministro Alexandre de Moraes, do STF. A decisão foi tomada após os ataques a prédios do três poderes, em Brasília (DF), na tarde de domingo (8).
Terroristas, apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro, contrários a posse de Luiz Inácio Lula da Silva, depredaram prédios públicos, destruíram obras de arte, móveis e objetos no Congresso Nacional, no Palácio do Planalto e no Supremo Tribunal Federal.
Mais de 200 golpistas foram presos em flagrante, ainda no domingo. Na segunda-feira (9), cerca de 1.200 pessoas que estavam em acampamento bolsonarista, próximo a quartel na área central de Brasília, foram encaminhadas à superintendência da Polícia Federal.
Reunião em Brasília
O governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel (PSDB), participou da reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e outros representantes de estados brasileiros, na tarde desta segunda-feira (9), onde foram discutidas as medidas que serão tomadas após os ataques de bolsonaristas radicais que invadiram o Congresso Nacional, o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Palácio do Planalto.
Em um vídeo publicado nas redes sociais, Riedel condenou os ataques terroristas.
“Só quero ratificar que sou totalmente contra qualquer tipo de movimento que invada, que deprede, seja patrimônio público ou privado, que ultrapasse a linha da legalidade, sempre disse isso e vale para qualquer tipo de manifestação, de qualquer ordem. Em Mato Grosso do Sul nós vamos sempre zelar pela pacificidade de qualquer tipo de movimento”.