Um morador de Campo Grande, que não teve a identidade divulgada, foi preso em Brasília, por participar de atos de vandalismo e depredação, neste domingo.
Em trecho do depoimento, a qual a Globo News teve acesso, o homem afirma que mora na Capital sul-mato-grossense e que viajou até Brasília pois não foi cobrada passagem.
O manifestante diz ainda que está desempregado e que foi até o local em uma caravana, com pessoas de vários locais do País, e que a viagem foi financiada.
O preso por “golpe de estado” optou por se manter em silêncio em várias partes do interrogatório.
Ele se limitou a dizer que não foi cobrada passagem para ir até a capital federal participar de “movimentos em prol da nação” e que é a terceira vez que vai ao local pelo mesmo motivo.
Em todas as idas, o manifestante sempre ficou no acampamento bolsonarista em frente ao QG do Exército .
No domingo, segundo a versão do preso, ele participou da caminhada de manifestação e disse que observou de longe que estava havendo um confronto.
Mesmo alegando estar longe, o golpista afirma que foi atingido nos olhos por gás lacrimogêneo, usado pela polícia na tentativa de conter o grupo de vândalos que tentava, naquele momento, invadir a Praça dos Três Poderes.
O campo-grande segue dizendo que se dirigiu ao Palácio do Planalto “como forma de sair da confusão”, pois imaginou ser local tranquilo devido à presença de um cordão do Exército.
Ele alega que um grupo de manifestantes se ajoelhou na frente dos soldados e continuou a manifestação.
No momento da depredação e vandalismos do Planalto, o manifestante afirma que entrou no prédio, mas alega que foi em um momento de correria e que não presenciou a depredação.
Conforme reportagem do Correio do Estado, ,manifestantes que saíram de Mato Grosso do Sul participaram da invasão aos três centros do poder constitucional brasileiro.
Um rapaz com uma camiseta com a inscrição “Patriota do MS”, foi visto em um dos vídeos dentro do Palácio do Planalto, tentando abrir uma das portas, possivelmente a do gabinete presidencial.
Esta camiseta é similar a camisetas que estavam sendo comercializadas em frente ao acampamento bolsonarista em frente ao Comando Militar do Oeste (CMO), em Campo Grande.
As pessoas que estavam em frente ao CMO desde o início de novembro estavam convocando caravanas para ir à Brasília (DF) para os movimentos antidemocráticos.
Manifestantes no Congresso
Manifestantes apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que iniciaram protestos em Brasília (DF), invadiram o Congresso Nacional, o Palácio do Planalto e o STF (Supremo Tribunal Federal).
Do mesmo modo, outro grupo, usando cores da bandeira, ocuparam o Palácio do Planalto, sede do Poder Executivo. Os prédios foram depredados. A desocupação aconteceu horas depois.
Em Mato Grosso do Sul, horas após os atos em Brasília, manifestantes tomaram a avenida Duque de Caxias em frente ao CMO (Comando Militar do Oeste) e mais tarde outro grupo bloqueou a BR-163, que foi liberada na madrugada desta segunda-feira (9), segundo informou a PRF (Polícia Rodoviária Federal).
Acampamentos em MS desmontados
Dois meses e 9 dias após o início do acampamento que abrigou apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) insatisfeitos com os resultados das eleições presidenciais de outubro de 2022, as barracas em frente ao CMO (Comando Militar do Oeste), na Avenida Duque de Caxias, em Campo Grande, começam a ser desmontadas, no fim da manhã desta segunda-feira (9).
A desmobilização da manifestação ocorre horas após o STF (Supremo Tribunal Federal) determinar o fim dos acampamentos e até prisão em flagrante de manifestantes que se recusarem a desmobilizar os atos, considerados pela Corte de terem intenções golpistas.