Ex-senadora Simone Tebet promete que o Ministério do Planejamento terá responsabilidade fiscal, mas colocará o “brasileiro no Orçamento”
A ex-senadora Simone Tebet toma posse, nesta quinta-feira (5/1), como ministra do Planejamento e Orçamento do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
A ex-parlamentar, que chegou a concorrer à Presidência contra o petista, ocupará um dos três ministérios cedidos ao ao MDB e uma das pastas mais importantes do Executivo nacional. A cerimônia de posse teve início por volta das 10h, no Palácio do Planalto.
“Gratidão. Essa é palavra que eu gostaria que ficasse registrado como a primeira palavra que sai não só da minha boca, mas do meu coração e da minha alma”, começou Tebet, agradecendo a Deus e a Lula. “O Ministério do Planejamento trata do futuro, mas também do presente. O planejamento fala do futuro do Brasil que queremos ser, por isso, repito, inicio as minhas palavras agradecendo”, continuou.
Tebet confidenciou ter ficado surpresa pelo convite ao Ministério do Planejamento, pelos pensamentos diferentes na pauta econômica que tem com o PT, mas resolveu aceitar.
“O que me moveu foi a certeza de que tudo o que nos une é infinitamente maior do que aquilo nos separa: a defesa da democracia e o sonho da cidadania para todos os brasileiros. Isso somente é possível com um crescimento econômico duradouro e sustentável que gere emprego e renda para os brasileiros e que tire o Brasil do mapa da fome”, disse Tebet.
A ministra afirmou que o papel do Ministério do Planejamento é cuidar da responsabilidade fiscal, dos gastos públicos e da qualidade deles, mas, principalmente colocar os brasileiros no Orçamento Público. “Os pobres estarão, prioritariamente, no Orçamento Público”, discursou.
Tebet também falou sobre o controle da inflação, a necessidade da estabilidade política e a reforma tributária. “Comungamos com a visão do ministro da fazenda, Fernando Haddad, da necessidade premente de cuidar dos gastos públicos e da aprovação urgente de uma reforma tributária, para garantirmos menos tributos sobre o consumo, um sistema tributário menos regressivo, com simplificação e justiça tributária”, apontou.