A ministra da Mulher, nomeada por Lula, afirmou que o ministério será de todas “as que votaram e as que não votaram conosco”
Cida Gonçalves tomou posse como titular do Ministério da Mulher nesta terça-feira (3/1). A nova ministra do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) faz parte de um time com 37 ministérios, sendo que, entre eles, 11 mulheres ocupam o cargo de gestoras dos órgãos.
Em cerimônia marcada pela diversidade e por gritos de apoio às causas femininas, Cida abriu discurso falando sobre a responsabilidade das mulheres em eleger Lula para presidente e em ter bases fortes para retomar o exercício dos direitos delas.
“Agradeço às mulheres, que são 52% neste país, e que foram as grandes responsáveis pela eleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e por encerrar um governo machista, patriarcal, misógino, racista e homofóbico”, afirmou.
A ministra ressaltou que, pela primeira vez, o Brasil terá uma área no governo dedicada às mulheres com a nomenclatura de ministério. Há 20 anos, no primeiro governo Lula, a pasta foi criada como Secretaria Nacional de Políticas para as Mulheres (SNPM).
“No governo anterior, passou a ser chamada de Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos. Foi uma usurpação, pois não cuidou das mulheres, das famílias nem dos direitos humanos. Muito pelo contrário. A destruição dos direitos das mulheres no último governo não foi um acaso, mas um projeto. Um projeto político de invisibilização e sujeição da mulher”, afirmou em seu discurso.
Pluralidade e políticas
Em sua gestão, Cida ressaltou que a família será vista de forma plural e que o ministério as acolherá. “A família, no singular, apaga a diversidade brasileira e a centralidade da mulher enquanto foco da elaboração e implementação das políticas. Há famílias, plurais e no plural. Este é um ministério que as reconhece e acolhe”, completou.
Segundo a ministra, o “Mulher Segura e Protegida”, programa de combate à violência contra a mulher criado pela gestão Jair Bolsonaro, será reformulado.