O desenrolar das investigações que fazem parte da 3ª fase da operação ‘Dark Money’ denominada ‘Mensalinho’ revelam que os vereadores e ex-vereadores citados no processo recebiam dinheiro da prefeitura de Maracaju em troca de apoio ou ‘vista grossa’.
A Polícia Civil aponta que o esquema realizava pagamentos realizados a partir de uma conta clandestina aberta em nome da prefeitura de Maracaju, sem conhecimento ou auditoria dos órgãos de controle.
Os pagamentos eram feitos por meio de cheques ou até mesmo em espécie, dificultando o rastreio. O dinheiro era recebido diretamente pelos parlamentares ou por ‘laranjas’ indicados por eles.
As investigações, que tiveram início no ano passado, apuram desvios de mais de R$ 23 milhões.
Segundo nota oficial, as propinas eram pagas pelo então prefeito com a anuência de outros servidores e integrantes da gestão municipal.
O esquema tinha como objetivo afrouxar a fiscalização das contas da prefeitura pela Câmara, além de aprovar projetos, leis que eram de interesse da prefeitura.
O nome da terceira fase da operação, ‘Mensalinho’, faz alusão ao esquema ‘Mensalão’ ao nível federal, no qual possuía o mesmo modus operante, visando garantir apoio do Congresso ao poder executivo.
A Dracco (Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado) cumpriu na manhã desta quarta-feira (7), 22 mandados de busca e apreensão em Maracaju e também em Rio Brilhante.
Oito vereadores tiveram mandatos suspensos.
As ações cotaram com a participação de mais de 100 policiais civis das delegacias afetas ao Departamento de Polícia da Capital, Departamento de Polícia Especializada e Departamento de Polícia do Interior, além das equipes policiais especializadas do Dracco.