Falar de Aids é mais necessário do que se imagina. Apesar da primeira epidemia da doença ter sido na década de 80, ainda hoje há um estigma acerca do assunto e, muito disso, por falta de informação. Por isso, no dia 1º de dezembro temos o Dia Mundial de Combate à Aids, uma forma de sensibilizar a sociedade sobre a doença e lembrar que a prevenção ainda é o melhor caminho.
O HIV é a sigla em inglês do vírus da imunodeficiência humana, causador da Aids. Esse vírus ataca o sistema imunológico da pessoa infectada, responsável por defender o organismo de doenças.
“Importante saber que ser portador do HIV é diferente de ter a Aids. Há muitas pessoas soropositivas que vivem anos sem apresentar sintomas e sem desenvolver a doença. Porém, elas podem transmitir o vírus a outras, principalmente através de relações sexuais desprotegidas”, explica Dra. Haydée Marina do Valle Pereira, infectologista da Unimed Campo Grande.
A transmissão do vírus se dá ainda por meio de compartilhamento de objetos perfurocortantes, como seringas e agulhas, transfusão com sangue contaminado e também de mãe para filho, durante o parto e a amamentação.
A Aids não tem cura, mas tem tratamento. “Não existe cura para o HIV, mas o portador do vírus deve fazer tratamento com medicamentos, que é a terapia antirretroviral (ART), para ajudar a impedir a manifestação do HIV e evitar o enfraquecimento do sistema imunológico”, ressalta a infectologista.
SOROPOSITIVO INDETECTÁVEL
Advogado de 30 anos descobriu que era soropositivo durante exames de rotina e diz que apesar do “baque” ao receber o diagnóstico, logo entendeu que era possível conviver com o vírus de forma tranquila. “Em 2019 recebi o diagnóstico de que era soropositivo. Na hora foi horrível, quase uma sentença de morte para mim, principalmente porque sempre me cuidei muito e não sei como posso ter contraído o vírus, mas meu médico me tranquilizou e logo iniciei o tratamento. Pouco tempo depois já me tornei indetectável e levo uma vida tranquila, saudável”, conta.
“A pessoa soropositiva e não detectável é quando ela faz a carga viral e vem com resultado indetectável no sangue, não se consegue pegar nenhuma cópia no sangue do HIV. Nesse caso ela não transmite o vírus para outras pessoas”, explica Dra. Haydée.
PROFILAXIA
Pessoas que tiveram contato com o vírus por meio de violência sexual, relação sexual desprotegida ou acidente com instrumentos cortantes/perfurantes devem procurar imediatamente o médico para realizar a Profilaxia Pós-Exposição (PPE), que consiste no tratamento para evitar a sobrevivência e a multiplicação do HIV no seu organismo.
IMPORTANTE
Não se pega HIV por meio de beijo, aperto de mão, abraços, contato com fluidos corporais (lágrimas e suor), piscina e ar, portanto, não há motivo para afastar-se de uma pessoa soropositiva.