Paralisação tem início nesta sexta-feira na Rede Municipal de Ensino, categoria não aceitou 4.78% oferecido pela prefeita Adriane Lopes
Nesta terça, professores realizaram uma assembleia na sede da ACP em Campo Grande para apresentação da proposta da prefeitura e deliberação, pela categoria.
Os profissionais da educação da Capital rejeitaram a proposta da Prefeitura de Campo Grande , de 4,78% de reajuste e R$ 400 reais de bolsa alimentação para 40 horas semanais.
A prefeita Adriane Lopes fez a proposta como saída para a impossibilidade de aplicar o reajuste de 10,39% acordado pelo ex-prefeito Marquinhos Trad com a categoria, em março deste ano. Em discurso o presidente da ACP Lucilio Nobre, fez o anuncio da greve, com previsão de atos de manifestação pelas ruas da cidade , inclusive em frente à prefeitura. “Pela maioria absoluta a greve inicia dia 2 de dezembro , sexta-feira , com concentração na ACP,” diz Lucilio
Durante a assembleia dos professores de Campo Grande foram divulgados os atos que vão ocorrer durante a paralisação, “ dia 07 de dezembro acampamento em frente a prefeitura, dia 08 dezembro panfletagem nas rotatórias da cidade e dia 09 Assembleia na ACP para avaliar a greve,” pontua o presidente da ACP.
O percentual exigido pelos oito mil professores está previsto em lei, mas a Prefeitura alega não ter condições de honrar o compromisso. A chefe do Executivo, o secretário de Educação recém-empossado Lucas Bitencourt e os pais serão oficialmente informados sobre a greve. De acordo com o presidente da ACP, Lucilio Nobre, embora o calendário escolar deva ser prejudicado, nenhum dia ficará sem reposição.
“Isso prejudica a entrega (final das notas) porque o professor tem direito a se manifestar para cobrar uma lei que não está sendo cumprida. Não é uma paralisação extemporânea, sem objetivo nenhum”, explicou.
“Os documentos garantem a reposição do ano letivo do aluno, então não há esse problema digamos assim. Ainda que (os professores) usem o tempo de recesso, os dias paralisados serão repostos”, completou. E os educadores não vão ficar parados.
Caso neste meio tempo a prefeita faça nova proposta, com mais proximidade ao exigido pela classe, a paralisação pode acabar. “Se ela apresentar algo que a gente consiga dialogar, (a greve) vai acabar sim, até porque a greve é em função disso. Tem que ser algo que dialogue com os 10,39%”, analisou Lucilio.