Moradores do entorno do Comando Militar do Oeste (CMO) estiveram na Câmara Municipal de Campo Grande, durante a sessão ordinária desta quinta-feira (10), para solicitar apoio dos vereadores para acabar com os transtornos causados por manifestantes. Desde o dia 31 de outubro, grupo contrário aos resultados das eleições presidenciais, que consagrou a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva, está reunido na região da Avenida Duque de Caxias.
Os moradores entregaram documento ao presidente Carlos Augusto Borges, o Carlão, solicitando providências. Representando os vizinhos da região, Eber Benjamin relatou que, além do caos no trânsito, com a via parcialmente interditada, barulho ocasionado por carros de som e fogos de artifício têm causado muitos transtornos.
“Enfrentamos congestionamentos, atrasos de 40 minutos a uma hora para nos deslocarmos. Além das pessoas que moram na região, estão sendo prejudicados trabalhadores que vão para o polo industrial, pessoas que precisam do aeroporto ou ir para outras cidades, como Aquidauana. Pais que precisam levar filho na escola, pessoas que perderam consulta médica, são muitas dificuldades”, disse. Ele lembrou ainda que existe hospital na região, o que agrava o problema dos barulhos.
No documento entregue aos vereadores eles pedem intervenção jurídica para que a Prefeitura de Campo Grande e Governo do Estado sejam acionados para tomar medidas. “Estamos aqui para protocolar pedido de intervenção jurídica da Câmara para que a Agetran e a Secretaria de Justiça e Segurança cumpram com seu dever, cumpram a legislação”, disse.
O presidente da Câmara ressaltou que a demanda dos moradores será encaminhada aos órgãos competentes. “Justiça, Governo do Estado e prefeitura para darem atenção especial aos moradores da região. Ali tem idosos, crianças, hospital e tem que ter atenção especial dos gestores. A Câmara vai intermediar, interceder a favor da população daquela região”, disse.
Carlão ressaltou ainda que a Câmara é a favor da democracia e que levará o pedido pessoalmente ao governador Reinaldo Azambuja para atendê-los. “Sem violência, mas tem que atender a população. A manifestação não pode tirar a tranquilidade daquelas pessoas”, disse.