Procuramos melhor escolher um candidato pelo mérito que enxergamos nele do que apenas pelos deméritos que atribuímos ao adversário. Advogarei sempre um olhar político “pró” e não “anti”, uma conexão pela identidade e não pela repulsa. Feito esse preâmbulo, o panegírico a Eduardo Riedel.
Definitivamente, esta tem sido uma eleição nunca vista na história do país. Uma eleição de fenômenos. Capitão Contar foi um deles. Mas Riedel foi algo maior. O adversário vinha construindo sua caminhada governamental como deputado mais votado.
Eduardo Riedel surgiu como um meteoro no horizonte e não desintegrou em contato com a atmosfera carbonizante de uma massacrante campanha. Não é pouco. É um grande feito. Um dos poucos candidatos tucanos a disputar o segundo turno nestas eleições no país,
o candidato do PSDB, sem qualquer dúvida, demonstrou ser muito mais do que um “poste”. É um quadro público preparado, um político habilidoso, disciplinado e dono de raro autocontrole.
Não cometeu nenhuma gafe, mesmo enfrentando as situações mais adversas com firmeza e serenidade. Eduardo Riedel, sobretudo, é até onde se sabe um homem público que se pode chamar de honrado. Como Secretário de Governo, contribuiu para que o Estado fosse alçado à 6ª posição do Ranking de Competitividade dos Estados, índice esse elaborado pelo Centro de Liderança Pública, que afere a capacidade dos estados.
O MS deixou de ser aquele estado pequeno, encruado, no fim do Brasil para assumir uma posição de destaque á frente de Estados como Rio de Janeiro, Goiás, Rio Grande do Sul, Minas Gerais e, o vizinho, Mato Grosso. Na secretaria de Infraestrutura, Riedel administrou um dos maiores orçamentos do Estado, implementado obras em todos os munícipios. Não há e nunca houve qualquer denúncia que desabonasse sua conduta. E isso quando uma geração inteira de políticos desmoronou em vitrines muito menos reluzentes. Lá, nas duas secretarias, concebeu inúmeras iniciativas que fizeram sua gestão das mais marcantes.
Ainda como secretário administrou o Fundersul, um dos maiores orçamentos de MS. A ética de Riedel saiu sem ser tisnada. E ao contrário de muitos administradores, seu nome nunca foi sequer citado aqui ou ali por alguma ação irregular, ilegal; não existe nenhuma citação que atinja sua reputação. Seu nome passa longe, muito longe do enriquecimento pessoal. Riedel é ficha limpa e teve as agruras de ocupar cargos de tamanho poder de decisão e de desgaste e, portanto, de ostentar uma biografia, ao invés de um prontuário.
Riedel, também renova a política, pois sua candidatura evidencia a vitalidade e o frescor da política sul-mato-grossense, na capacidade de oferecer quadros de excepcional talento e qualidade. Eduardo Riedel, encarna os sonhos de uma parte expressiva dos eleitores que acredita numa sociedade mais justa; gente idealista que vê em seu plano de governo propostas efetivas para o Estado continuar avançando “sem politicagem”, levando em conta um projeto de desenvolvimento, que tenha a inclusão das pessoas.
*Bosco Martins é jornalista e escritor