O que leva o Capitão do Exército reformado aos 32 anos, Renan Contar (PRTB), a fugir dos debates neste segundo turno? Salvo melhor juízo, é porque tem medo de ser questionado sobre alguma coisa.
A decisão de não comparecer para enfrentar tête-à-tête Eduardo Riedel (PSDB) ocorre após as primeiras polêmicas envolvendo a sua candidatura ao Governo de MS, como os apoios de investigados pela Polícia Civil e Polícia Federal.
Os contestados enlaces de André Puccinelli, investigado na Operação da Polícia Federal ‘Lama Asfáltica’,
Marquinhos Trad, indiciado por crimes sexuais, e por último Gilmar Olarte, condenado por corrupção e lavagem de dinheiro e que teve uma gestão catastrófica na prefeitura de Campo Grande, foram apontados como primordiais para a desistência da participação nos debates.
Ou porque, tomado pela arrogância, acha que está eleito. Ou ainda, como dizem por toda a cidade, é que Contar chegou à conclusão que não tem preparo para enfrentar um debate, em que as propostas serão analisadas pelo eleitor. A única coisa que repete com frequência “sou Bolsonarista raiz, não me associo com pessoas da velha política”. Vai vendo…Não segue nem o presidente Jair Bolsonaro que repete sempre “Militar que não foge à luta”.
Aqui em MS o Capitão, chamado de fujão, decidiu por conta própria, ou obedecendo ao seu staff, que não vai aos debates. Por não resistir ao contraditório, por medo de ter que responder questionamentos sobre o que pode ser indigesto ou de demonstrar mais uma vez que não sabe nada de gestão, suas propostas não passam de palavras soltas no papel, e que não se preparou para o embate, como demonstrado em entrevistas, onde ficou claro desconhecer como funciona a máquina estadual.
Candidato com discurso pronto, que tem o que dizer, que não deve nada, que não tem pendência não foge de debate e não corre do enfrentamento. Porque debate é filho da democracia. É tradição na eleição. Debate aprimora o processo eleitoral.
Mas Contar prefere reuniões que via de regra são com os aliados, eleitores e apoiadores, onde o processo não é transparente, fica maquiado, sujeito ao trabalho de produtores e marqueteiros.
Debate diminui o risco de o eleitor virar mera massa de manobra, de comprar gato por lebre. Para Eduardo Riedel, “não vir é uma falta de respeito com toda a população de Mato Grosso do Sul, que está mobilizada para escutar as nossas propostas de gestão. Considero isso uma atitude vergonhosa”.
Fica claro que o Capitão Contar não está preparado e não tem o que apresentar para a nossa gente. Eleito em 2018 com votação expressiva, passou 4 anos na Assembleia Legislativa quase à mingua, sem apresentar projetos de interesse popular.
Cabe ao eleitor um último exercício antes do dia 30. Comparar as propostas e os currículos dos postulantes. Ver o que cada um já realizou, medir também com quem os candidatos andam, para depois da eleição ter certeza que o projeto escolhido vai dar conta de cuidar do Governo do Mato Grosso do Sul, que vive hoje seu melhor momento na história.
Tenho Dito!