Nos transportes, o resultado é consequência da redução no preço dos combustíveis (-8,50%). A gasolina (-6,23%) contribuiu com o impacto negativo mais intenso no índice de setembro.
Campo Grande registrou em setembro uma deflação de – 0,22%. Foi o terceiro mês consecutivo em que a cidade contabilizou uma retração dos preços medidos pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado nesta terça-feira (11), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Nos últimos 12 meses, entretanto, o IPCA acumula uma alta de 7,15% na capital de Mato Grosso do Sul. No país também foi registrada deflação. O índice foi de -0,29%.
Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados em Campo Grande, cinco tiveram alta de preços e quatro tiveram queda em setembro. Veja abaixo:
Alimentação e bebidas: – 0,05%
Habitação: – 0,25%
Artigos de residência: 0,35%
Vestuário: 0,94%
Transportes: -1,32%
Saúde e cuidados pessoais: 0,63%
Despesas pessoais: 0,97%
Educação: 0,03%
Comunicação: -2,42%
Apesar de recuar menos do que no mês anterior, o grupo dos Transportes (-1,32%) contribuiu novamente com o maior impacto negativo sobre o IPCA do mês.
Nos transportes, o resultado é consequência da redução no preço dos combustíveis (-8,50%). A gasolina (-6,23%) contribuiu com o impacto negativo mais intenso no índice de setembro. Os outros dois combustíveis pesquisados também apresentaram queda: etanol (-10,63%) e óleo diesel (-1,27%).
“Os combustíveis e, principalmente, a gasolina tem um peso muito grande dentro do IPCA. Em julho, o efeito foi maior por conta da fixação da alíquota máxima de ICMS, mas, além disso, temos observado reduções no preço médio do combustível vendido para as distribuidoras, o que tem contribuído para a continuidade da queda dos preços”, explica o gerente da pesquisa, Pedro Kislanov.
Alimentação e bebidas
Em Alimentação e bebidas o índice ficou em -0,05% na capital. Os itens que tiveram alta de preço foram a batata inglesa (19,01%), a banana-d’água (15,47%), a cebola (9,71%) e a laranja-pera (8,11%).
Por outro lado, os preços do leite longa vida caíram 8,32%. Apesar da queda, o produto ainda acumula alta de 39,03% nos últimos 12 meses. Destaca-se também a redução nos preços do óleo de soja (-4,29%) e carnes (-1,41%).
“O leite vinha subindo muito nos últimos 12 meses, especialmente em 2022, por conta do período de entressafra, a partir de março e abril, mas também devido à guerra da Ucrânia, que aumentou muito o preço dos insumos agrícolas. Agora, com o final do período de entressafra e a volta das chuvas, aumentou a oferta do produto no mercado, o que gerou uma queda nos preços.”, afirma Kislanov.