No aniversário de 45 anos do Estado, o candidato fala de seu sonho para um MS mais desenvolvido e inclusivo.
Mato Grosso do Sul completa, nesta terça-feira (11), 45 anos. É quase meio século de muita história e trabalho. Principal articulador das estratégias que levaram o Estado a um equilíbrio fiscal e econômico, que hoje se reflete em desenvolvimento, Eduardo Riedel (PSDB), candidato ao Governo de Mato Grosso do Sul pela Coligação Trabalhando por um Novo Futuro (Número 45), fala nesta entrevista de seus sonhos para o Estado. Ele imagina um Mato Grosso do Sul mais desenvolvido e inclusivo daqui 10 anos, mas explica que, para isso, será preciso muita gestão, diálogo e competência administrativa para unir toda a sociedade em um objetivo comum: transformar o MS no coração da América do Sul.
Mato Grosso do Sul completa 45 anos nesta terça-feira, dia 11 de outubro. Como o senhor sonha o Estado daqui 10 anos?
Vejo um Estado em franca prosperidade, uma prosperidade que tem que ser compartilhada com toda a sociedade. Um Estado inclusivo, onde a gente gere oportunidades para todas as camadas da população.
Se nós imaginarmos isso acontecendo ano após ano, num horizonte de dez anos teremos um Estado com uma das menores taxas de pobreza do Brasil, e isso é fundamental para o bem-estar das pessoas. Um Estado com investimento maciço na infraestrutura, na conectividade, o que também gera bem-estar. Um Estado que vai ter saneamento básico na sua integralidade, asfalto em todas as ruas dos municípios, melhores estradas, ferrovia operando e hidrovia à pleno vapor.
Estas ações vão gerar mais atração de empresas e mais oportunidades de emprego para as pessoas. Então, quando trabalhamos hoje a educação, a prosperidade inclusiva, estamos projetando um Mato Grosso do Sul completamente diferente, que se encaixa dentro da lógica global do desenvolvimento sustentável.
É este o Estado que a gente sonha.
Quais são os caminhos a serem trilhados para transformar esse sonho em realidade?
O caminho é muito trabalho em cada uma das políticas públicas que a gente propõe para as pessoas, para o Mato Grosso do Sul.
Muito trabalho na educação, com a ampliação das Escolas em Tempo Integral, com uma educação moderna, que tenha conectividade nas salas de aula, que tenha inclusão digital.
Muito trabalho na regionalização da saúde, na saúde pública de forma geral, para minimizar o sofrimento de milhares de sul-mato-grossenses que hoje ainda ficam esperando num posto de saúde por atendimento.
Muito trabalho na segurança pública, para equacionar problemas sérios e estruturais que o Brasil tem neste setor.
Muito trabalho para zerar nosso déficit habitacional, com criatividade e parcerias. Muita ação para gerar mais emprego e mais renda para nossa gente.
Transformar este sonho em realidade passa por um trabalho diário, uma construção conjunta, onde perseguiremos os melhores resultados. Para isso, é preciso fazer gestão e encontrar o caminho adequado na direção de cada solução para estas grandes políticas públicas.
Será preciso muito planejamento, muita gestão. O senhor se sente preparado para esse processo?
Certamente. Tenho uma vida dedicada ao trabalho, à compreensão de demandas e necessidades, no intuito de prover resultados com os melhores recursos, sejam humanos, financeiros ou provenientes dos ativos que o Estado tem à sua disposição. Gestão é, na verdade, a busca contínua por resolver as questões das pessoas, das corporações, dos governos e das empresas, pelos instrumentos que a gente tem. E é isso que a gente vai buscar fazer no Mato Grosso do Sul. Atrair capital privado, desenvolvimento, inclusão. Isso será transformador para a nossa sociedade.
Há quem diga que o Mato Grosso do Sul é o “estado do meio”, nem pouco desenvolvido, nem muito desenvolvido. É hora de darmos um grande salto de desenvolvimento?
Com certeza. Mas, nós já deixamos de ser o “estado do meio” para iniciarmos um processo de liderança do desenvolvimento do Brasil. A Rota Bioceânica está aí. Nós estamos no meio da América do Sul. Seremos o centro logístico, o centro cultural, o centro para a atração de uma série de vertentes, somos o coração da América do Sul. Seremos a conexão com o Pacífico, trazendo e recebendo cultura, produtos e riquezas. Um centro que se conecta à diferentes estados brasileiros e os liga a novos mercados, seja por ferrovia, seja por estrada ou pelas nossas hidrovias. Mato Grosso do Sul é um estado que pulsa desenvolvimento. E, olhando os próximos 10 anos, fico muito otimista.
Será preciso envolver os municípios nesse processo. Como fazer isso?
Com diálogo permanente. O exercício do municipalismo deve ser levado ao extremo, não só ouvindo os municípios por meio de suas lideranças, prefeitos, vereadores, entidades da sociedade civil organizada, no que eles demandam em infraestrutura, mas também através de uma conexão direta por meio de políticas públicas.
Quando a gente fala de educação, por exemplo, se não houver parceria entre Estado e município não conseguimos resultados satisfatórios. O aluno é um só, seja ele da Rede Municipal ou Estadual. Ele nem mesmo deve sentir esta diferença, pois a educação deve ser uma continuidade de aprendizado, de foco no resultado, de melhor condição para que o jovem se torne um cidadão.
Isso vale também para a saúde. O cidadão não quer saber se a responsabilidade é do Estado ou do município, este tipo de questão não interessa. O cidadão deve sentir que tem a saúde pública à sua disposição.
E só um Estado que tem a capacidade de dialogar com os municípios pode ser beneficiado por estas parcerias e pela boa gestão que se reflete em qualidade de serviços para o cidadão.
Não se pode esquecer de ouvir a população neste processo, mas isso o senhor já tem feito, não é?
Isso é fundamental. Ouvir a voz das ruas, a voz do povo. É isso que direciona a nossa ação. Quando a gente anda pelo Estado recebe esse retorno, muitas vezes de forma dura, crítica e com razão. Temos que ter humildade de reconhecer os erros, os problemas e os desafios, através da voz da população.
É por isso que eu andei tanto pelo Estado, para ouvir as pessoas, para sentar e conversar, ouvir angústias e agonias, as lacunas que faltam ao poder público para prover soluções. Escutar as pessoas é fundamental para o desenvolvimento do nosso Estado.
A capacidade de diálogo com toda a sociedade é fundamental, certo?
Sim. A sociedade é múltipla, é complexa e diversificada. Temos que respeitar os valores alheios e encontrar soluções dentro de uma linha onde o diálogo seja a premissa fundamental. Só assim podemos unir diferenças em prol de soluções que levem o progresso a todo o conjunto da sociedade. Esse é o desafio que nós temos que ter, como gestores e como governantes.
Nesse salto de dez anos que propomos nesse bate papo, jovens que hoje têm 16 anos e estão aptos a votar, serão adultos formados lá na frente, muitos com família constituída. Que mensagem o senhor pode passar para essas pessoas?
Que eles tenham muita fé e esperança em Mato Grosso do Sul. Que eles não se furtem de sua responsabilidade de encontrar uma formação, de ficar na escola, de estudar, de buscar dentro da condição de cada um o seu aprimoramento pessoal e profissional. Que eles tenham responsabilidade com o conjunto da sociedade. É assim que, daqui 10 anos, nós teremos uma sociedade completamente distinta. Esse jovem de hoje tem uma responsabilidade muito grande nesse processo. A juventude deve chamar para si a discussão e as responsabilidades de melhorar a sociedade, e deve cobrar quem tem a responsabilidade de gerir a sociedade para que lhes dê oportunidades de desenvolvimento.
Qual será o papel da mulher sul-mato-grossense no desenvolvimento do Estado no seu governo?
Dentro do nosso Governo teremos um grande número de mulheres líderes, mulheres que façam a diferença e que puxem as ações em cada uma das áreas de atuação. É fundamental que, não só no Governo, mas em qualquer ambiente, as mulheres e homens trabalhem com suas competências de maneira igual, colaborando para a melhoria dos resultados nestes ambientes de trabalho. Eu trabalho com mulheres extremamente profissionais, lideranças que sabem, que conhecem o que estão fazendo, com muita competência para liderar equipes e grupos em torno de um objetivo e de uma transformação.
Não tem como fazer tudo isso que o senhor se propõe sem olhar para as camadas menos favorecidas da população. Qual sua política sobre esse tema?
Estamos num país desigual e em desenvolvimento. Nas últimas décadas o Brasil falhou em criar condições para inclusão desse contingente grande de pessoas, que estão à margem de um bem estar, que têm dificuldade, às vezes, até de comprar comida. Temos que criar oportunidades para essas pessoas, por meio do crescimento, do desenvolvimento pela educação, pela qualificação profissional. Nos casos extremos, onde são necessárias medidas imediatas, vamos dar o mínimo de garantias de cidadania, para que estas pessoas tenham renda para garantir a comida em casa. Oferecer a mão para quem precisa e ajudar estas pessoas a crescerem.