Operação Publicanos desencadeada na manhã desta quinta-feira (6) em Ivinhema, mira servidor público municipal acusado de desviar aproximadamente R$ 800 mil dos cofres públicos. A ação envolve policiais militares do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) e 1ª Promotoria de Justiça da cidade.
São cumpridos cinco mandados de busca e apreensão e um de prisão temporária. A Justiça ainda determinou o sequestro de bens do envolvido e familiares.
O alvo exercia os cargos de fiscal de tributos municipais e diretor de divisão de tesouraria e, a partir daí, praticou de forma recorrente, segundo o Ministério Público, crimes de peculato e lavagem de dinheiro.
Conforme as investigações, as irregularidades aconteceram entre os anos de 2019 e 2021 na cidade, onde foi possível observar que o investigado buscou ocultar e dissimular os valores desviados ilicitamente, adquirindo bens imóveis e os registrando em nome de familiares.
O servidor se apropriava do dinheiro público mediante transferências eletrônicas de valores e depósito de cheques pertencentes ao Município depositados em suas contas pessoais.
Em nota, a prefeitura de Ivinhema afirmou que a Assessoria Jurídica do Município está colaborando para a coleta de informações pelo Gaeco. A administração ainda disse que a investigação está ligada a venda de terrenos públicos entre os anos de 2015 a 2020.
O nome da operação faz alusão aos publicanos, que aparecem em várias passagens bíblicas do Novo Testamento e que também existiam no Império Romano desde antes de 200 a.C.
Essas pessoas eram cobradoras de impostos, tinham fama de ser avarentos e egoístas e de pertencer a um sistema corrupto e ser inclinados ao abuso.